The Last of Us: a representatividade que o jogo traz para a comunidade gamer

Ellie the last of us

Desde que o tema representatividade de gênero se tornou pauta no mundo dos gamers, foi possível ver mais personagens femininos nos consoles.

É fato que antes já existiam alguns nomes, como o da Lara Croft, por exemplo. No entanto, a protagonista da franquia Tomb Raider era extremamente estereotipada, assim como outras de diversos jogos. Mas como tudo pode e deve evoluir, essa questão também passou por transformações muito importantes.

Um bom exemplo disso é o jogo The Last of Us que tem Ellie como a personagem principal. Para além disso a protagonista também é LGBTQ+. Ao se tratar de um mercado que foi por muito tempo praticamente restrito aos homens, é necessário trazer e acompanhar essas questões sociais que são de grande importância para o público.

Mas se por um lado esse jogo possui uma legião de fãs, por outro, é alvo de discurso de ódio e intolerância. E justamente por ser um mercado influente é preciso abordar cada vez mais temas pertinentes a representatividade em seus mais variados aspectos.

O enredo de The Last of Us – atenção com possíveis spoilers

Para quem não está familiarizado com o jogo, The Last of Us é um game de sobrevivência e ação e um mundo apocalíptico que sofre uma infecção que transforma as pessoas em zumbis. Joel, protagonista masculino, precisa guiar Ellie para fora da cidade, pois ela é imune ao vírus, portanto, a chave para a cura da doença.

Os jogadores podem controlar Joel, mas em determinado momento, é necessário jogar com Ellie, que por ser uma jovem adolescente, não tem as mesmas habilidades que seu guia, uma vez que, ele já está acostumado com combate corpo a corpo.

Mas um dos grandes triunfos do game é que a personagem feminina passa por um arco muito interessante no jogo deixando de ser apenas alguém que Joel protege. Tanto que em The Last of Us II, a história se passa cinco anos após a primeira versão do game, e o jogador controla Ellie, que busca por vingança e Abby – outra personagem feminina – uma soldada que se envolve em conflitos com uma milicia e um culto.

Polêmicas, representatividade e haters

Mesmo com arcos interessantes para as histórias dos personagens e mais uma protagonista feminina no segundo jogo, explorar a sexualidade de Ellie não agradou parte do público. A questão que ficou é: realmente precisava aprofundar esse detalhe em um jogo apocalíptico?

Pois bem, enquanto muito nãos gostaram da ideia, The Last of Us traz o tema de forma muito natural. Justamente por se tratar de um contexto pós apocalíptico, onde é cada um por si, não há espaço para preconceitos, embora eles já estejam enraizados na cultura gamer.

Portanto, o discurso de quem não tolera que esses assuntos sejam tratados no jogo é completamente injusto, embora não seja um game para todos, pois é pesado e muitas vezes angustiante, ainda assim é importante pensar e construir um espaço para todas as pessoas.

Fato é que a representatividade tem incomodado os fãs mais conservadores, nesse jogo o preconceito aparece nas facetas do machismo e homofobia, muitos até se propuseram a avaliar mal o game em plataformas especializada, sem ao menos terem o testado.

Agora está comprovado mais do que nunca: um mercado que movimenta bilhões por ano não pode deixar de trabalhar essas questões que são tão importantes para o avanço da sociedade.

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Oficina dos Bits

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