Quando paramos para observar a representatividade feminina na indústria dos games, nosso olhar quase sempre paira em mulheres jogadoras, afinal, acreditamos por muito tempo que este é um mercado majoritariamente masculino.
Talvez, por muitos anos, tenha sido desta maneira, mas o cenário mudou. Mulheres estão ocupando mais espaços como jogadoras: a Pesquisa Game Brasil mostra que 53,8% do público gamer é feminino.
E embora seja muito importante falar sobre as mulheres enquanto consumidoras de jogos, também precisamos nos atentar a quem os desenvolve. Afinal, queremos que a representatividade ultrapasse qualquer barreira imposta por preconceito e que haja igualdade de gênero por trás dos games: ou seja, no desenvolvimento deles.
Então, pensando justamente na importância que as mulheres têm quando se trata de mão de obra envolvida no processo de desenvolvimento dos jogos, mostraremos nesse artigo algumas personalidades femininas que se destacaram ou se destacam na indústria. Veja a seguir!
1. Ammy Hanning
Se você vive no planeta terra e é fã de jogos, já ouviu falar da série de jogos Uncharted, certo? Pois bem, Ammy Hanning é a criadora do game. Ela escreveu a história e foi diretora criativa da franquia, seu trabalho lhe rendeu o prêmio Writer`s Guild Of America.
O jogo é produzido pela Naughty Dog e publicado pela Sony Computer Enterteinment, mas antes de Ammy chegar na desenvolvedora norte-americana, ela passou por uma outra gigante da indústria dos games, a EA, atuando como design e também pela Crystal Dynamics, como diretora da série Legacy of Klain.
O currículo dela é extenso, não é? E não para por aqui, em 2014 ela deixou a Naughty Dog para voltar à EA e trabalhar em outro projeto, um novo jogo da série Star Wars. Alguma dúvida de que ela ama o trabalho dela?
2. Carol Shaw
Agora vamos falar de pioneirismo! Se você é daqueles que não ama apenas os jogos, mas também a história desse universo tão incrível, deve ter ouvido alguma vez o nome de Carol Shaw.
Isso porque ela é uma das principais pioneiras no mercado, Carol foi reconhecida como a primeira mulher desenvolvedora de jogos da história da indústria dos games. Sua carreira começou em um jogo feito para uma campanha promocional da Ralph Lauren – que não chegou a ir para o ar – mas depois lançou comercialmente o 3-D Tic-Tac-Toe, em 1979.
Após esses trabalhos, ela entrou na Activison, onde pode programar em 1983 o River Raid, um clássico para o console Atari 2600 que vendeu um milhão de cópias. O game é percussor dos jogos de nave no Atari e foi o primeiro a mostrar um visual com cor. Com tanta inovação, o jogo rendeu diversos prêmios para Carol.
3. Rhianna Pratchett
O sobrenome entrega, não é? Rhianna Pratchett é filha do autor de fantasia Terry Pratchett, que ficou famoso pelos livros da série Discworld. No entanto, ela não é conhecida na indústria dos games por ser filha do escritor britânico, mas, sim, pela sua participação na franquia Tomb Raider.
Rhianna é autora do reebot da série de jogos protagonizada pela personagem Lara Croft, Rise of the Tomb Raider, Mirror`s Edge, Overlod e Haevenly Sword. A escritora não se contentou apenas com o setor de jogos, ela também escreve histórias em quadrinhos e fundou a empresa Narrative Limited, para produzir a obra de seu pai em conteúdo para TV.
4. Kim Swift
Kim Swift começou a sua carreira na indústria dos games quando ainda estava faculdade. Ela e seus amigos desenvolveram o jogo Narbacula Drop, que na época chamou a atenção da Valve, empresa norte-americana de desenvolvimento de jogos eletrônicos e distribuição digital.
O game que é um quebra-cabeça, iniciou como um projeto universitário e foi lançado em 2005 de graça e online para a Microsoft Windows. No mesmo ano, a Valve contratou Kim e seus amigos e juntos criaram o jogo Portal.
Após isso, ela construiu a própria carreira, na mesma empresa trabalhou como level designer e environment artist em Left for Dead 1 e 2. Depois foi trabalhar como diretora criativa na Airtigt Games e também como designer sênior na Amazon. Seu trabalho e currículo extenso fez com que a Forbes a reconhecesse como uma das 30 personalidades que fizeram a diferença na indústria de games antes dos 30 anos. Poderosa, não é?
5.Junko Ozawa
O primeiro jogo arcade a ter música foi graças a Namco, ou melhor, graças a Junko Ozawa, compositora que ajudou a criar a base de músicas dos games da empresa. No entanto, naquela época não bastava que ela entendesse de composições, ela também precisava saber de eletrônica.
Inserir música nos jogos era um processo extremamente trabalhoso, então Junko criou um programa chamado sound driver, que transformava dados digitais em melodia. Com a música feita, a compositora criava uma partitura em forma de ondas, que era colocada por meio de um chip no sound driver, então a partir disso era possível ouvir o som de 8 bits nos jogos. A artista/ desenvolvedora permaneceu na Namco até 2008, quando se aposentou.
Essas são apenas algumas das mulheres de destaque na indústria de games. Há muitas que trabalham em diversas frentes ajudando nos processos de desenvolvimento dos jogos. É muito importante dar visibilidade e valorizar o trabalho delas.
Tem alguma que te inspira e ficou de fora da lista? No diga nos comentários e ajude a dar mais evidência para essas profissionais que são tão respeitadas na indústria!
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