Review: Roccat Isku FX

O Roccat ISKU FX é um teclado gamer cheio de recursos, com teclas adicionais, retroiluminação, multiplos perfis, gravação de macros “on-the-fly” e softwares de configuração avançados.

Especificações técnicas
Teclado retroiluminado com cor customizável
3 botões para combinações adicionais de comandos com EASY SHIFT[+]
36 teclas para macros
Botão dedicado a gravação de macros
Mais de 180 macros de capacidade, distribuídos em 5 profiles
8 botões de multimídias configuráveis
3 botões dedicados para alternância de profiles
Teclas com perfil de altura intermediário
Advanced anti-ghosting
1000Hz polling rate
Apoio para os pulsos extra-grande
Canais para integração de cabos na base
Suporte ao Roccat Talk

Design e ergonomia
O ISKU FX tem um visual neutro, todo na cor preta, sendo que chama a atenção pelo seu porte. Por conta da grande área para apoio dos pulsos, ele é bem maior que outros teclados, o que pode até ser um problema se sua mesa não tem muito espaço. Este espaço adicional na parte de baixo tem uma angulação bastante sutil, o que melhora bastante o uso prolongado do ISKU. O material nesta parte é um plástico levemente áspero que, apesar de não ser tão confortável como apoio de pulso emborrachado como no notebook ASUS G75VW, também não deixa de ser interessante.
As teclas adicionais são bem distribuídas, principalmente considerando o recurso Easy Shift[+] que falaremos mais adiante. A resposta das teclas também é interessante, com um perfil de teclas intermediário. O problema aqui é o tipo: a Roccat não equipou este modelo com teclas mecânicas, algo que deve desagradar os jogadores mais exigentes e que precisam de alta responsividade.

Tecla Easy Shift [+] e as três áreas de macros combináveis

O ISKU FX pode abandonar o visual discreto, bastando configurar o seu teclado retroiluminado. O modelo é altamente customizável, sendo possível definir praticamente qualquer cor desejada, ponto importante para quem quer um gaming set em um estilo homogêneo. Infelizmente, algumas luzes não acompanham a mudança, sendo que luzes das teclas de perfil e indicadores ficam fixas no azul. Por sinal, a possibilidade de alterar a cor do teclado é o principal diferencial entre o ISKU FX e o ISKU.
O teclado também possui outros dois recursos interessantes em seu desenho. Os pés que levantam mais o periférico não são feitos em plástico, e sim em um acabamento emborrachado, o que melhora bastante a firmeza do ISKU na mesa. Outro detalhes são “trilhos” na parte de baixo, onde cabos podem ser encaixados. Pode parecer pouca coisa, mas em conjuntos para games como o que tenho, em que forças demoníacas do além enrolam constantemente o cabo de meu headset, esta minúcia resolve este tipo de dor de cabeça.

 

O teclado está chegando ao Brasil em dois formatos: o padrão de Portugal (o de nossa análise) e o americano. Apesar de, inicialmente, parecer que usar o estilo dos portugas é “passar mais perto” do ideal (que é o ABNT-2, para nosso mercado), este formato pode não ser o melhor. Por mais que seja bom ter o “Ç”, por exemplo, as demais teclas tem muitas alterações, especialmente nos símbolos, comparado ao nosso formato. Aí acaba sendo mais fácil ficar com o estilo americano por uma questão de familiaridade: muitos gamers já estão acostumados que seus periféricos venham neste estilo.

Funcionalidades
O grande trunfo do Roccat ISKU FX são suas funcionalidades. O teclado vem com a tecnologia EASY SHIFT[+], semelhante a que vimos no mouse Roccat XTD Kone. Este recurso dedica um botão, marcado com o [+] e posicionado no lugar do Caps lock, com a função de “dar outros propósitos” a teclas. Assim uma das teclas de macro da lateral esquerda pode ter uma função quando pressionada sozinha, e outra quando pressionada em conjunto com o EASY SHIFT, algo bem útil para quem tem uma variedade muito grande de comandos em seus games. Esta posição da tecla [+] é interessante por ser possível fazer o combo entre ela e vários botões com apenas uma mão, o que inclui várias letras, as teclas de macro da esquerda e os botões dedicados para trocas de perfis, abaixo. É possível, mas não fácil: vai ser preciso um tempo para “pegar a manha”.

O software do Roccat é bastante completo, o que inclusive torna seu uso um pouco confuso no começo, dada a quantidade de coisas que você pode alterar. Com ele você muda todos os principais os aspectos do teclado, desde sua forma de operar, fazer o cadastro de macros e também alterações no design e gerenciamento de perfis.
Assim como o mouse da Roccat que analisamos, o ISKU FX possui um feedback em áudio para alterações. Quando mudamos o perfil, por exemplo, uma voz (no melhor estilo trailer de filme de ação) avisa que você mudou a configuração do teclado. Infelizmente, a voz só está disponível em inglês, mas mesmo assim já será bem interessante para quem quer este tipo de auxílio na hora de saber em que “profile” está. Se não gostou, também não há problemas: é só desabilitar esta função. Eu adoraria mais opções, e um teclado com a voz da GLaDOS receberia meu dinheiro com muita alegria.
Na hora de lidar com os macros, o Roccat ISKU tem um adicional importante: uma tecla para gravação destas ações pré-definidas “on-the-fly”. O processo é bem simples: você pressiona a tecla REC, depois pressiona a tecla na qual você quer atribuir a ação e depois é só sair realizando os comandos e pressionar novamente REC ao finalizar. Se você entende inglês o nosso narrador de trailers irá auxiliar dizendo coming this summer o passo a passo da criação dessas macros.

Roccat Talk
Como temos disponível a combinação do Roccat Kone XTD e o ISKU FX aqui na redação, pudemos testar um outro recurso: o Roccat Talk. O aplicativo tem como objetivo explorar o potencial de alguém que possui um set gamer da marca, trazendo um “algo a mais” aproveitando que os periféricos estão dentro do mesmo ecossistema.
O conceito do Talk é bem interessante: com ele você consegue fazer interações como “um botão do teclado altera a DPI do mouse”, por exemplo. Porém, ele ainda tem muito a evoluir, especialmente se comparamos com concorrentes como o Razer Synapse. O Talk não chega a centralizar a configuração dos periféricos, se limitando em fazer um “ponte” entre os softwares que configuram mouse e teclado. Desta forma, a “união” dos periféricos não chega a ser completa, por não compartilharem a biblioteca de macros totalmente, por exemplo.

Mas o maior potencial do Talk FX ainda está por vir. O software traz a possibilidade de games interagirem com os periféricos, o que tornaria possível a mudança do padrão de cores de acordo com o que acontece no jogo, ou mesmo mudá-las para “casar” melhor com o que está em exibição na tela. O recurso é interessante, mas a biblioteca de games com suporte ao recurso ainda é bem limitada, então será preciso mais tempo para que mais games sejam compatíveis. Também ainda não dá para ter certeza de quantos desenvolvedores irão “abraçar” a ideia. Por hora, só conseguimos ativar o recurso no game “World of Tanks”, e as luzes do teclado e mouse passaram a refletir a barra de vida de meu tanque. Quando estou prestes a morrer, tudo pisca em vermelho, por exemplo.

Conclusão
O Roccat ISKU FX é um teclado gamer bastante completo, cheio de recursos e com um design que tem praticamente tudo para agradar os jogadores. Ele fica devendo algumas características como teclas mecânicas, um recurso bem importante para quem joga em nível competitivo. Seu perfil médio também corre o risco de incomodar gamers que preferem as teclas mais altas.
Nos outros aspectos, creio que o ISKU não vá decepcionar seus consumidores. Seu apoio para os pulsos mais longo torna seu uso confortável, e suas várias teclas adicionais assim como seu software de ajustes faz com que este teclado ganhe muitas funções, e é fácil deixá-lo do jeito que o gamer prefere.

A tecnologia Roccat Talk tem um conceito interessante, mas ainda está em seus primórdios. Ela tem potencial para ser um diferencial e tanto, mas vai depender do suporte dos games, algo que neste momento ainda está longe de ser massivo. Como “agregador” dos softwares de configuração de periféricos, ele ainda decepciona um pouco, já que se limita a trazer atalhos para os aplicativos de cada um dos periféricos e fazer algumas ligações entre eles. O Synapse da Razer já foi bem mais longe que isto, e consegue ser “um único programa para a todos configurar”, com o adiciona de fazer o backup das configurações para nuvem.
Há um aspecto, porém, que não pode ser ignorado. Como todo teclado “topo de linha”, na hora da compra você corre o risco de ter que parcelar. Com custo de R$ 640, e R$ 500 para a versão com apenas uma cor do backlight (o ISKU apenas, sem o FX) ele é um periférico de luxo, e então não faz sentido nenhum ficarmos analisando aspectos como “custo x benefício”. Se você está interessado nas características que ele apresenta, e não tem problemas em desembolsar o valor de três outros teclados bons, ele é feito para você.

Fonte: Adrenaline

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