A AMD (Advanced Micro Devices) lançou no final de 2007 seus primeiros processadores para desktop baseados na arquitetura K10. Estreando com o núcleo Agena (e variantes) foram chamados de Phenom X4/X3, gravados em 65nm SOI (Silicon-on-insulator, Silício sobre isolante), com controlador de memória DDR2 integrado e até 4MB de cache.
Durante o inicio de 2009, a AMD lançou a segunda geração desta arquitetura, a chamada K10.5, marcando assim o nascimento da linha Phenom II e do núcleo Deneb. Sendo gravados em 45nm SOI, são compatíveis com os sockets AM2, AM2+ e AM3 (exceto para os modelos Phenon II X4 940 e X4 920, que não são compatíveis com o socket AM3).
Compondo a plataforma Dragon, os Phenom II X3/X4, obtiveram grande popularidade por oferecer uma boa oportunidade de upgrade e uma excelente relação Custo/Benefício frente a plataforma Intel LGA775 e a caríssima Intel LGA1336 de sua rival de Santa Clara.
Este review apresentará o desempenho do processador Phenom II X6 1090T, o qual é gravado em 45nm SOI, possui 6 núcleos físicos, 9MB de cache, controlador de memória DDR2/DDR3 e compatibilidade com os sockets AM2/AM2+ e AM3. Este processador tem frequência de operação de 3.2GHz, atingindo até 3.6GHz em modo turbo.
- :: Deneb vs Thuban, o que mudou?
Muitos devem estar se perguntando: afinal, esse AMD Phenom II X6 é apenas um Deneb com dois núcleos extras? A resposta é NÃO. Com a chegada do Thuban, além da melhora em overclocking, houve a introdução de tecnologias antes inéditas nos processadores da arquitetura K10.5, como o AMD Turbo Core e as tecnologias AMD PowerNow 3.0 Technology e AMD Dynamic Power Management.
O bom Cool’n Quiet se tornou ainda mais eficiente, sua mudança entre os P-States ficou mais rápida e funcional, variando o clock constantemente e em algumas configurações diferentes e mais funcionais que os, apenas, quatro estados presentes no Deneb (800~1600~2X00~FULL). O que contribuiu para deixar o sistema mais “leve” e ágil com o gerenciamento de energia habilitado.
Seu controlador de memória também ficou mais eficiente, havendo um ligeiro ganho em leitura/escrita/copia e uma boa melhora no tempo de latência quando comparado ao Phenom II X4 955 BE (Black Edition), com ambos sob mesmo clock de CPU, NorthBridge e Memórias.
Outro aspecto importante é que o refinamento no processo de fabricação contribuiu para uma melhora na sua temperatura de operação, o Phenom II X6 1090T BE, TDP de 125W, apresentou temperatura semelhante ao Phenom II X3 720 BE, TDP de 95W, em configurações de Undervolt Máximo e sob uso intenso.
- Overclocking
O Thuban e seus variantes, como já foi dito, são gravados em 45nm SOI. No entanto, a revisão E0 produziu CPUs 45nm mais refinados, e por isso, proporciona aos seus derivados um excelente potencial de overclocking, obtendo resultados ainda maiores do que os apresentados pela revisão C3.
Em comparação, toda a E0 atinge clocks que antes eram possíveis somente pelos C3 da série Black Edition. Uma prova dessa evolução, é que, mesmo o 1055T não sendo Black Edition, quando acompanhado de uma placa mãe capaz, ultrapassa com facilidade os 4GHz, e o próprio AMD Phenom II X6 1090T consegue alcançar clocks superiores a 4.5GHz. Este por ser da linha Black Edition, possui multiplicador desbloqueado, o que facilita muito na prática do overclocking.
Comparada com a revisão C3, esta nova revisão precisa de muito menos tensão para atingir o mesmo clock e portanto, esquentando muito menos. O 1090T possui Vid Stock de 1.300V indo até exagerados 1.45V @ 3.6GHz no modo turbo. Quando testado em conjunto com o CoolerMaster Hyper TX-2, sob os mesmos 1.45V, estabilizamos o processador em 4GHz e obtivemos 3.8GHz com apenas 1.35V.
- Resultados
Na Gigabyte GA-890FXA-UD5, o clock máximo obtido com os seis núcleos ativos foi de 4543.38MHz e com dois núcleos ativos 4619.91MHz, ambos com o CoolerMaster Hyper TX-2. Aqui podemos destacar o excelente trabalho da Gigabyte, que ao contrario de outros fabricantes, utilizou nesta placa um excepcional controlador de tensão que não apresenta nenhuma oscilação em idle/load, o popular VDrop (ou VDroop), durante o overclocking.
- 6 Cores @ 4543.38MHz
- 2 Cores @ 4619.91MHz
- Undervolting
Na frequência Stock, com o AMD Turbo Core desativado, foi possível reduzir o Vid até 1.15V, sem sacrifício de desempenho ou perda de estabilidade. Já com o AMD Turbo Core ligado encontrei algumas dificuldades, sendo possível estabilizar através do AMD OverDrive em 1.200V @ 3.2GHz e 1.25V na frequência turbo.
O Phenom II X6 1090T, trabalhando com apenas 1.15V
- AM2+ vs AM3
O Phenom II X6 1090T, por possuir retrocompatibilidade com placas mãe AM2 e praticamente todas AM2+, se mostra uma boa opção de upgrade, e por isso o teste será realizado nesta plataforma para colocar a prova alguns mitos quanto a perdas significativas de desempenho.
Testando na GA-MA78GM-S2H Rev. 1.1, inicialmente encontramos um pouco de dificuldade para estabilizar o overclock em 4GHz.
Tal problema foi resolvido com a troca da fonte, pois, a utilizada desarmava em testes com o processador rodando acima de 3.8GHz. Substituímos a Huntkey Green Star LW-6550HG de 550W, pela C3Tech PSH750V de 750W, conseguindo assim estabilizar sem mais delongas.
- GA-MA78GM-S2H Rev. 1.1, a placa utilizada nos testes com AM2+
Configuramos o processador em 4GHz com 1.425V, que em carga, subia para 1.460V e acima disso (4.1~4.3GHz) enquanto a CPU se mantivesse abaixo dos 62° sob uso intenso. Nesta placa mãe, além dos mesmos 4GHz, conseguimos a marca de 4429.86MHz.
Isto prova que com um processador Black Edition não é necessário gastar fortunas em uma placa mãe para se obter um bom overclock.
- Metodologia dos testes
Neste review temos testes do Phenom II X6 1090T em cinco configurações de overclock e mais uma simulando um Phenom II X6 1055T que opera em 2.8GHz, e 3.3GHz em turbo, bem como o comparamos ao Intel Core i7 975 XE, Core i7 860 e o Core i5 750. Também mostraremos alguns benchmarks que temos com o Core i7 975 rodando em 4GHz.
- As configurações para os testes com o Phenom II X6
Podemos ressaltar também que testamos todos os processadores com o sistema de turbo ativo, variando da frequência padrão para a frequência em turbo, portanto para efeito de comparação de clock a clock, o Core i7 975 durante os testes ficou em 3458MHz, o Core i7 860 em 2930Mhz e o Core i5 750 em 2800MHz. Enquanto o Phenom II 1090T em stock permanece em 3.2GHz variando seu clock apenas com três núcleos ativos.
- Metodologia dos testes
Neste review temos testes do Phenom II X6 1090T em cinco configurações de overclock e mais uma simulando um Phenom II X6 1055T que opera em 2.8GHz, e 3.3GHz em turbo, bem como o comparamos ao Intel Core i7 975 XE, Core i7 860 e o Core i5 750. Também mostraremos alguns benchmarks que temos com o Core i7 975 rodando em 4GHz.
Podemos ressaltar também que testamos todos os processadores com o sistema de turbo ativo, variando da frequência padrão para a frequência em turbo, portanto para efeito de comparação de clock a clock, o Core i7 975 durante os testes ficou em 3458MHz, o Core i7 860 em 2930Mhz e o Core i5 750 em 2800MHz. Enquanto o Phenom II 1090T em stock permanece em 3.2GHz variando seu clock apenas com três núcleos ativos.
- Analisando os Custos
Com o lançamento destes processadores, a AMD, ao contrário da Intel, propõe a popularização dos Hexacores. Através de uma política de preços baixos, oferece seis núcleos físicos pelo mesmo preço de um Quadcore de sua concorrente.
Como o X6 1090T e o X6 1055T estão na mesma faixa de preço do Core i7 860 e do Core i5 750, respectivamente, podemos estabelecer duas metas: O Phenom II X6 1090T em stock deverá igualar ou superar o Core i7 860 enquanto que o 1055T deverá igualar ou superar o Core i5 750.
Apesar do fato de que tanto o 1090T, quanto o 1055T, são grandes campeões no quesito Custo/Benefício, eles não são baratos e por isso, além dos testes de uso normal, que contemplam as necessidades de usuários “normais”, que não estressam intensamente o CPU (leia-se: 3DMark, jogos, 7Zip). Fizemos também testes mais específicos para que fosse possível alcançar o outro extremo do mercado representado pelos usuários profissionais, avaliando, dessa forma, o desempenho dos processadores ao executarem aplicativos pesados e que fazem uso intenso dos seis núcleos.
O Sistema Operacional utilizado nos testes foi o Windows 7 Ultimate em sua versão 64 Bits.
- Os softwares utilizados foram:
* x264HD Benchmark V3.00
* 7Zip Benchmark
* Cinebench R11.5 e R10
* Wprime 32M V2.00
* Everest Ultimate V5.50
* 3DMark06 e 3DMark Vantage
* Crysis
* Mafia II
- x264 HD Benchmark
Este Benchmark testa a velocidade do processador ao codificar um vídeo em HD através do Codec x264.
- 7Zip Benchmark
O 7Zip é um programa de compressão, muito utilizado na atualidade, propondo uma alternativa ao WinRAR e por isso seu benchmark não poderia faltar.
- Cinebench R10 e Cinebench R11.5
O Cinebench é um software de renderização de imagens, atualmente um dos melhores programas para testar processadores em situações Multi-Core.
- Wprime 32M
Partindo do mesmo principio do SuperPI, o Wprime testa a capacidade matemática da CPU, embora este último possua suporte a inúmeros núcleos, enquanto que o SuperPI suporta apenas para um.
- Everest Ultimate 5.50
- Testes de performance de Memórias
Aqui podemos destacar o enorme ganho de desempenho nas memórias, mesmo com um Overclock simples de 400MHz no clock do North Bridge, até algo mais extremo, como 800MHz. Este teste também nos mostrou que não é qualquer memória DDR3 que será capaz de superar um bom par de memórias DDR2, quando estas forem bem aproveitadas. Também é importante ressaltar que houve acréscimo de tensão na North Bridge apenas sob 2.8GHz, onde foi necessário 1.275V.
- 3DMark06 e 3DMark Vantage
Dois dos mais utilizados benchmarks 3D do mundo. São excelentes para verificar o desempenho do processador e da placa de vídeo para o uso em jogos.
Nestes testes abaixo utilizamos uma plataforma diferente do outro sistema, foi utilizada uma ATI/AMD Radeon HD5870 em stock, em conjunto com uma placa mãe Asus Crosshair IV Formula, e é claro o processador AMD Phenom II X6 1090T, operando em 4.2GHz, refrigerado pelo cooler Thermalright IFX-14.
- Crysis
No Crysis Benchmark, em 1920×1080 – Very High – AA OFF, o sistema alcançou media de 40FPS.
- Máfia II
No Benchmark do Máfia II, rodando em 1920×1080 – Very High – AA ON, o sistema ancançou média de 58,9FPS.
- Conclusão
O Phenom II X6 1090T não só cumpriu suas metas, como superarou na maioria dos testes os seus concorrentes , mostrando-se bastante competitivo até mesmo para o Intel Core i7 975X, este muito mais caro.
Quando falamos do Phenom II X6 1090T e 1055T estamos tratando de dois campeões no quesito Custo/Benefício, pois oferecem uma excepcional performance em Multi Tarefa, enorme capacidade de overclock e grande longevidade, sendo ainda eficientes do ponto vista térmico e energético que seus antecessores.
- Resident Evil 5 em um Phenom II X6 1090T e Radeon HD4850
Em games, apesar do processador ter pouca influencia, dado que até mesmo um Phenom II X4 955, que custa praticamente a metade do 1090T, já garante uma excelente jogabilidade (sem gargalos). Os núcleos extras dos Phenom II X6 serão melhor aproveitados conforme a evolução dos games, que ainda hoje sua grande maioria é incapaz de aproveitar multi-core. Já temos o Battlefield Bad Company 2, que foge da regra atual, utilizando todo o potencial dos seis núcleos, e, por conseguinte, fazendo grande diferença quando este estiver acompanhado por uma VGA High-End.
Novos motores de física como o Cry Egine 3 e Havok, também tirarão grande proveito de vários núcleos disponíveis e, portanto, tornando cada vez mais interessante estes processadores para jogos.
Derrubados os mitos, pudemos ver que mesmo na plataforma AM2+, seu desempenho não fica devendo nada para AM3, e também que memórias DDR2, quando bem aproveitadas, chegam inclusive a superar as memórias DDR3.
Esta processador foi descontinuado. Conheça os novos processador AMD no site da Oficina dos Bits!
Fonte: Blog Fórum PCs