IA: Raciocínio ou Plágio? O debate que desafia os LLMs
Um artigo polêmico publicado na Medium está fazendo ondas ao questionar uma premissa fundamental: será que os modelos de linguagem como ChatGPT realmente raciocinam? Jerome, o autor, argumenta que mesmo respostas impressionantes são, na verdade, formas sofisticadas de plágio.
O mito da criatividade das IAs
Segundo Jerome, empresas como OpenAI vendem a ideia de que modelos de linguagem são capazes de raciocínio genuíno. Mas ele defende que essa narrativa esconde uma verdade incômoda: tudo que os LLMs fazem é recombinar informações já existentes em seus dados de treinamento. Não há criação – apenas imitação.
Show me the evidence!
O autor aplica dois princípios científicos ao debate:
- Afirmações extraordinárias exigem provas extraordinárias: Criar algo realmente novo seria uma revolução
- Navalha de Occam: A explicação mais simples é que são máquinas de copiar
“Obscure source plagiarism is NOT creativity”, ele enfatiza. Passar em testes? Resolver problemas conhecidos? Tudo isso poderia ser apenas reconstrução de padrões já vistos.
A aposta bilionária (e arriscada)
Por que tanto alvoroço? Se os LLMs realmente raciocinassem, estaríamos no caminho da AGI (Inteligência Artificial Geral). Isso justificaria os trilhões investidos. Mas Jerome alerta:
- Até hoje, nenhuma IA resolveu problemas verdadeiramente originais
- Humanos criam; máquinas apenas remixam
- Apostar o futuro da tecnologia nessa premissa é perigoso
O verdadeiro teste
A prova do raciocínio, diz o autor, só existiria se uma IA:
- Enfrentasse um problema nunca antes documentado
- Criasse uma solução original sem base em dados prévios
Até agora? Nada disso aconteceu.
Amor e críticas: não é tudo ruim
Jerome deixa claro: adora usar LLMs diariamente. São ferramentas incríveis para acessar conhecimento humano condensado. Sua crítica é à hype descontrolada e ao “culto de carga” em torno de uma suposta inteligência autônoma.
“Burden of proof is on OpenAI”, ele desafia. Enquanto não houver evidências sólidas de criatividade genuína, investir recursos continentais nessa aposta seria, nas palavras dele, “absolutamente insano”.
A mensagem final? Podemos admirar a tecnologia sem atribuir poderes mágicos. E exigir transparência das gigantes de IA.