Pen Drives e suas características

Hoje em dia, praticamente todos os usuários de PCs possuem pendrives. Alguns, são mais modestos, optando por pendrives baratos; enquanto outros optam por pendrives mais sofisticados, com bastante espaço e boa performance. Dada a existência de uma grande variedade de pendrives, a flexibilidade na escolha do modelo ideal acaba revelando aspectos que denotam a personalidade de seu dono.

Por apenas R$ 20,00, atualmente poderemos adquirir um pendrive de 1 GB. Mas apenas com uma condição: se conseguirem entrá-lo, já que será mais fácil achar modelos de 2 ou 4 GB! No entanto, por volta de 2003, um modesto pendrive de 128 MB custava algo em torno de R$ 300,00, embora na época tenha dado sorte de ter encontrado uma unidade de 256 MB por “apenas” R$ 280,00. Em geral, eram unidades com pouca capacidade de armazenamento e desempenho, já que ainda utilizavam o defasado barramento USB 1.1 e as suas taxas de leitura e gravação eram limitadas a 750 KB/seg. (leitura) e 450 KB/seg. (escrita). Lembro-me de um amigo ter brincado comigo, dizendo que “dá para copiar o conteúdo de um disquete inteiro em apenas 3 segundos…”

Junto com os pendrives, também começaram a surgir os primeiros MP3-Players. Inicialmente, eram apenas meros rádios FM, com a baixa capacidade para armazenar músicas em apenas 32 ou 64 MB de memória flash. Entretanto, com a massificação deste tipo de memória e a evolução natural dos dispositivos eletrônicos, os MP3-Players começaram a ganhar recursos interessantes, como a capacidade de gravação (microfone) e interfaces mais interativas (tela LCD), além de muitos reproduzirem vídeos. Em geral, eles se popularizaram bastante, tornando-se uma grande febre tal como foram os Walkman nos inícios dos anos 80. Infelizmente, com a popularização dos celulares multimídia, parece que os MP3-Players e as câmeras digitais low-end terão um futuro bastante sombrio.

Diferente versões do iPod Shuffle, o mais popular MP3-Player do mercado.

Então, o que esperar dos pendrives atuais?

Com o passar do tempo, começaram a surgir unidades mais sofisticadas. Em se tratando de um dispositivo feito para ser portável, muitas unidades começaram a ser fabricadas com uma camada externa de borracha, apropriada para protegê-lo das constantes quedas causadas por usuários descuidados. Ironicamente, tais modelos tinham uma “estranha” capacidade de aderir poeira, o que se tornava um risco considerável para as portas USBs! O Flash Voyager, fabricado pela Corsair, foi um dos mais populares na sua época, embora seja fácil encontrar outros fabricantes que dispõem de modelos emborrachados.

Em se tratando de resistência, há fabricantes que levaram a questão da resistência à sério, resolvendo trazer unidades super-resistentes: por exemplo, a LaCie desenvolveu o pendrive XtremKey, em que a sua carcaça utiliza uma liga composta de zinco, magnézio, cobre e alumínio, tornando-o praticamente indestrutível! Claro que o dispositivo também suportará altas variações de temperatura (de -50 a 200 graus Celsium) e é à prova d’água (até 100 metros). A questão é encontrar uma situação prática, onde tais dispositivos seriam aplicáveis…

Hoje em dia, os pendrives modernos estão agregando recursos e funcionalidades diferenciadas, para se tornarem opções de compra mais interessantes.

Pendrive da série Flash Voyager (Corsair): a tampa e o envolvotório emborrachado o protege de quedas e pancadas!

Uma das características mais importantes, está a capacidade de suportar criptografia. Obviamente, perdas e roubos desdes dispositivos podem acarretar grandes prejuízos, se neles houverem informações confidenciais gravadas. Eis então o pendrive Ironkey (de mesmo nome do fabricante), com capacidade de criptografia via hardware através de um chip dedicado. Além de dispor de uma construção robusta o suficiente para dificultar o acesso interno aos seus componentes, o dispositivos auto-destrói as informações armazenadas, após uma determinada quantidade de tentativas de acesso sem a senha correta. Por fim, a resistência mecânica à pressão e impactos, bem como a capacidade de ser à prova d’agua, também são suportados.

Continuando com as nossas paranoias para a proteção de dados, outro modelo interessante que encontrei na Internet é o da série Cruzer Profile, da Sandisk. Embora também ofereça recursos de criptografia via hardware como muitos outros do mercado, o Cruzer Profile diferencia-se dos demais pela inclusão de um leitor biométrico, responsável pela geração das chaves criptográficas através do uso das nossas digitais. Em poucas palavras: nada de ter que ficar decorando senhas! O precinho não é dos mais em conta, graças especialmente à inclusão do leitor biométrico; para variar, a capacidade também não é lá muito grande (4 GB); no entanto, em atividades onde os prejuízos são mensurados pela perda da informação, o valor em questão pode se tornar “um mero detalhe”.

Quantos GB de armazenamento precisamos?

Depende exclusivamente das necessidades do usuário! Geralmente, unidades de 4, 8 e 16 GB, acabam sendo mais que suficientes para a grande maioria; porém, há sempre aqueles que necessitam de mais espaço. Para esta última classe de usuários, foi lançado pela Kingston o primeiro pendrive a alcançar a gigantesca capacidade de 256 GB em armazenamento. Para se ter uma ideia do que representa este volume, seria como armazenar 50 discos DVDs ou 10 discos Blu-Ray completos! Ou senão, colecionar uma biblioteca de músicas com mais de 51 mil MP3s com 5 MB cada música! E se cada música durasse em média 4 minutos, levaríamos 3.400 horas para escutar todas elas, o que representaria quase 2 meses durante 24 horas por dia…

Se 256 GB de armazenamento for considerado uma capacidade grande demais para as necessidades habituais de um simples usuário, o que pensar de um pendrive de capacidade “infinita”? Pode parecer loucura, mas uma empresa até então desconhecida, resolveu lançar o IUM (Infinity USB Memory). A grande ironia é que, embora oferece tal solução de armazenamento, o IUM não é um pendrive “de fato”: ele é apenas um dispositivo Wi-Fi que possibilita montar uma rede-sem-fio, para compartilhar o espaço disponível das unidades de armazenamento de diferentes equipamentos, os quais possuem este dispositivo conectado. Em uma residência, com um PC (320 GB) e um notebook (250 GB), teríamos 570 GB de espaço disponível, se fossem conectados por dois pendrives IUM. Convenhamos: uma solução bastante engenhosa!

Muitas das vezes, o grande diferencial dos pendrives não está em seus recursos, mas nos softwares que acompanham o produto. Por exemplo, a Sandisk inovou com a criação do U3 Smart, um utilitário que permite a “instalação” de softwares para serem inicializados à partir do pendrive. Através do Launchpad U3, um inicializador similar ao menu Iniciar do Windows, poderemos não só carregar os aplicativos “instalados” no pendrive, como também gerenciá-los através de suas opções de configuração. Em destaque, a capacidade de criptografar os dados e sincronizá-los com o PC desktop, sendo esta última função executada pelo CruzeSync. Embora seja um software proprietário e suportado por apenas algumas unidades, existem equivalentes livres interessantes, como o Portable Apps.

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Fonte: Guia do Hardware

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