Cabo VGA e DVI, entenda as diferenças

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Criado em 1987, pela IBM, o padrão de vídeo VGA (Video Graphics Array) ou conector VGA, permitia a transmição de 640 x 480 pixels com 256 cores. Hoje com a evolução tecnologica de aparelhos televisores, assim como monitores, passamos a ter os conectores DVI, com algumas segmentações. Entretanto, qual a diferença entre eles e quando necessito de cada um?

VGA

Os conectores VGA estão presentes em modelos que usam a tecnologia CRT (Cathode Ray Tube), assim como, alguns modelos LCD (Liquid Crystal Display).

A maioria das placas de vídeo ainda oferecem um conector DVI e um VGA, mas, um número cada vez maior de placas passam a vir apenas com conectores DVI e HMDI. Para isso, há no mercado hoje uma vasta opção de adaptadores para conectar monitores com saída VGA.

O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto por três “fileiras” de cinco pinos.

Esses pinos são conectados a um cabo cujos fios transmitem, de maneira independente, informações sobre as cores vermelha (red), verde (green) e azul (blue) – isto é, o conhecido esquema RGB – e sobre as frequências verticais e horizontais.

Em relação a estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no número de linhas da tela que o monitor consegue “preencher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer 60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de 60 KHz.

Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo da tela para o canto inferior direito.

Assim, se a frequência horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é de 56 Hz.

É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os conectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem todos são usados.

DVI

Com o passar dos anos os monitores CRT foram substituídos pelos LCD, que são digitais por natureza, e para manter a compatibilidade com as placas antigas os monitores incluem conversores analógico/digital que acabam por reduzir a qualidade da imagem. Pedindo então uma nova forma de transmição de dados; o DVI.

O padrão DVI permite que o sinal seja transmitido de forma digital da placa de vídeo até o monitor, eliminando a necessidade de fazer a conversão digital portanto, a qualidade da imagem é mantida.

Por essa razão, a saída DVI é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de plasma, entre outros.

Existem diversos sub-padrões dentro do DVI. A maioria das placas utilizam conectores DVI-I, que mantém a compatibilidade com os monitores antigos, oferecendo simultaneamente o sinal digital e o analógico. Isso permite que você conecte um monitor analógico em uma placa de vídeo com saída DVI-I utilizando um adaptador simples.

O conector DVI utiliza 29 pinos. Destes, os pinos 8, C1, C2, C3, C4 e C5 são usados para transmitir o sinal analógico usado pelos monitores antigos, enquanto os demais transmitem o sinal digital, como você pode ver no diagrama:

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Outra situação em que você vai precisar de adaptadores é ao usar dois monitores, utilizando o TwinView.

O principal motivo de tantas placas oferecerem dois conectores DVI e nenhum VGA é que você pode utilizar os adaptadores para conectar monitores VGA nas saídas DVI, mas não existem adaptadores para ligar um monitor DVI em uma saída VGA.

O TwinView é suportado também no Linux através dos drivers binários da Nvidia. Basta executar (como root) o comando “nvidia-xconfig –twinview” para que ele detecte os monitores e gere a configuração e em seguida ajustar as opções desejadas através do Nvidia-settings:

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O DVI suporta o uso de conexões single-link e dual-link.

Cada link de dados é formado por três canais independentes (um para cada cor), de 8 bits e 165 MHz, o que resulta em uma taxa de transmissão de 3.96 gigabits para o DVI single-link e 7.92 gigabits para o DVI dual-link.

Assim como no SATA e no PCI Express, para cada 8 bits de dados, são enviados 2 bits adicionais de sincronismo (o que eleva o total bruto para 4.95 e 9.9 gigabits), o que dispensa o uso de um sinal de clock separado.

Uma conexão single-link suporta o uso de até 1600×1200 (com 60 Hz de atualização), enquanto uma conexão dual-link suporta o uso de 2048×1536 (com 75 Hz) ou 2560×1600 (com 60 Hz, que é a taxa de atualização usada pela maioria dos monitores LCD).

Como estamos falando de um link digital, existe uma grande flexibilidade. É possível atingir resoluções mais altas reduzindo o refresh rate, por exemplo, mas isso não é muito comum, já que causa perda da fluidez da imagem e, de qualquer forma, ainda não existe muita demanda por monitores com resoluções acima de 2048×1536.

Os cabos single-link possuem duas colunas de pinos a menos, mas são fisicamente compatíveis com os conectores dual-link:

dvi

Você pode ligar um monitor single-link em uma placa com conectores dual-link sem problema algum.

O inverso (uma placa single-link com um monitor dual-link) também funciona, mas neste caso você fica limitado a 1920×1080, independentemente da resolução suportada pelo do monitor.

Uma observação é que muitas placas de vídeo baratas utilizam conectores dual-link, mas na verdade operam apenas em modo single-link. Se você pretender usar um monitor de alta resolução, cheque sempre as especificações da placa.

Embora pareça exagero, muitos monitores de LCD de 30″ já suportam o padrão WQXGA (2560×1600) nativamente, como o Apple 30IN cinema, o HP LP3065 e o Dell 3007WFP.

Com a queda nos preços dos monitores LCD, estes monitores se tornarão cada vez mais comuns, atendendo a quem precisa de uma grande área de trabalho para trabalhar com edição de imagens ou CAD, ou simplesmente quer um monitor gigante para aproveitar toda a potência da GPU.

Além do DVI-I, existem também os conectores DVI-D, que carregam apenas o sinal digital, abandonando a possibilidade de usar o adaptador para conectar um monitor antigo.

A única diferença visível entre os dois é que o DVI-D não possui os pinos C1, C2, C3 e C4, que são usados pelo sinal analógico:

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As placas com conectores DVI-D ainda são relativamente raras, já que o DVDI-I combina o melhor dos dois mundos, mas o DVI-D pode virar a mesa no futuro, conforme a compatibilidade com monitores antigos for lentamente deixando de ser uma preocupação.

Adotar o DVI-D permite que os fabricantes de placas de vídeo e de placas onboard removam o conversor digital/analógico, o que reduz em alguns dólares o custo de produção.

As placas com conectores DVI-D ainda são relativamente raras, já que o DVDI-I combina o melhor dos dois mundos, mas o DVI-D pode virar a mesa no futuro, conforme a compatibilidade com monitores antigos for lentamente deixando de ser uma preocupação.

Adotar o DVI-D permite que os fabricantes de placas de vídeo e de placas onboard removam o conversor digital/analógico, o que reduz em alguns dólares o custo de produção.

Um exemplo é a Gigabyte GA-MA785GM (baseada no chipset AMD 785G), que oferece um conector DVI-D, complementado por uma saída VGA analógica e uma saída HDMI (que é essencial ao montar um HTPC, já que ela é a interface mais usada nas HDTVs).

Ela suporta o uso de dois monitores simultâneos, mas como as saídas DVI e HDMI compartilham as mesmas trilhas da placa, você não pode usá-las simultaneamente:

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Ainda não deu para ver a diferença? Aqui tem um esquema com todos os padrões DVI para auxiliar no entendimento.dvi diferença

Espero que tenha ajudado a esclarecer algumas dúvidas, em breve faremos outro post com as versões do HMDI e a diferença do DisplayPort.

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