A AMD apresentou nesta terça-feira (14/06) uma nova família de processadores Fusion batizada de Série A (A-Series). Os processadores Fusion lançados no início deste ano foram projetados para competir com o Intel Atom em netbooks e PCs ultraportáteis de baixíssimo custo, mas os modelos da Série A são voltados a notebooks de tamanho médio no mercado de massa. Embora a CPU não possa competir com a segunda geração de processadores Core da Intel, apelidada de “Sandy Bridge”, os novos chips prometem desempenho gráfico superior e longa autonomia de bateria em máquinas.
No início de janeiro de 2011 a AMD começou a distribuir seus primeiros processadores na família Fusion, pertencentes à Série E (E-Series) e Série C (C-Series). Baseados em um mesmo design, estes produtos se tornaram populares e aclamados em netbooks e notebooks ultraportáteis de baixo custo, com desempenho em processamento e gráficos que facilmente deixa o Intel Atom comendo poeira, com preço competitivo.
A AMD chama estes processadores de APUs, ou “Accelerated Processing Units” (Unidades de Processamento Acelerado), para destacar o fato de que combinam uma CPU multi-core e uma GPU compatível com DirectX 11 em um único chip e sua capacidade de delegar algumas tarefas de processamento paralelo para a GPU integrada ao chip.
Embora tenham sido bem recebidos, os chips Série E e Série C não são os processadores Fusion que nos deixam animados. O “quente” é uma série de codinome Llano, que agora foi oficialmente lançada como a APU Série A. Atrasos no processo de produção em 32 nanômetros na GlobalFoundries (que fabrica os chips para a AMD) atrasaram o lançamento, mas os chips finalmente estão prontos para o mercado. Eles usam um processo de produção mais avançado que o de 40 nm usado pelas Séries E e C (feitos pela TSMC), e incluem hardware mais poderoso e um punhado de recursos únicos.
- O que a AMD prepara para o futuro.
O A-Series é um um grande passo para a AMD. Finalmente a empresa traz ao mercado um chip baseado em um processo de produção em 32 nm, algo que a Intel começou a fazer há mais de um ano. Isto significa chips menores, mais baratos e com menor consumo de energia. Mais importante ainda, a A-Series tira a APU Fusion do mercado de netbooks de baixo desempenho e entrega um produto com o desempenho que um computador de uso diário necessita.
Ainda assim, a AMD tem alguns desafios pela frente. Embora a GPU na Série A seja capaz de superar facilmente o produto da Intel, os núcleos do processador ainda ficam para trás. A AMD não faz uma mudança substancial em sua arquitetura de processadores há cerca de cinco anos.
Isto irá mudar nos próximos meses, com um processador de codinome Zambezi. Sem gráficos integrados e voltado para desktops de alto desempenho, ele será o primeiro a usar a nova arquitetura “Bulldozer”, uma mudança radical em relação à usada nos processadores atuais da AMD, e organizada em módulos que incorporam dois núcleos para operações com inteiros, mas um núcleo poderoso para operações em ponto flutuante compartilhado. Uma versão modificada deste design será usada em um novo núcleo que irá substituir a arquitetura “Stars” nas APUs Série A no próximo ano.
Ainda neste ano a AMD irá atualizar os chips Fusion Série A e Série E com um novo design com apenas dois núcleos de processamento. Também surgirá em breve uma atualização da Série E e Série C para netbooks de baixo custo e ultraportáteis, com alguns ajustes e melhorias em relação aos modelos atualmente no mercado.
Se as APUs da Série A lhe deixaram curioso, você não está sozinho. Não podemos esperar para testá-las. Notebooks com os novos chips devem estar disponíveis nos EUA em cerca de duas semanas, com novos modelos chegando ainda em meados deste ano. Sistemas desktop e all-in-one de baixo custo equipados com processadores Série A devem chegar ao mercado em um mês ou dois.
Fonte: PC World