OpenAI é obrigada a guardar TODOS os chats, mesmo os apagados?
A OpenAI está no centro de uma tempestade judicial que pode mudar como entendemos privacidade na era da inteligência artificial. Por ordem de um tribunal americano, a empresa foi forçada a guardar todos os registros de conversas do ChatGPT – incluindo aquelas que usuários já haviam deletado!
Por que isso aconteceu?
Tudo começou com uma ação movida pelo New York Times e outros veículos jornalísticos. Eles acusam a OpenAI de permitir que usuários burlem paywalls de notícias usando o ChatGPT para reproduzir conteúdo protegido por direitos autorais. A juíza Ona Wang concordou que chats deletados poderiam conter provas cruciais.
Quem está afetado?
O impacto é enorme, mas não atinge todos:
- AFETADOS: Usuários das versões Free, Plus e Pro do ChatGPT
- AFETADOS: Pessoas usando a API sem acordo de Retenção Zero de Dados
- NÃO AFETADOS: Clientes Enterprise e Educacionais (Edu)
- NÃO AFETADOS: Quem tem contratos de Retenção Zero de Dados
O que a OpenAI está fazendo?
Brad Lightcap, diretor de operações da empresa, classificou a decisão como um “pesadelo de privacidade” e um excesso judicial. A OpenAI já recorreu da decisão e pediu audições orais. Enquanto isso:
- Conversas deletadas ficarão num sistema separado sob “retenção legal”
- Apenas uma pequena equipe de segurança terá acesso, mediante auditoria
- Os dados não serão automaticamente compartilhados com o NYT
O conflito com a privacidade
A medida cria um impasse importante. A política padrão do ChatGPT permite que usuários deletem conversas quando quiserem. Agora, essa expectativa de privacidade está suspensa por tempo indeterminado. Na União Europeia, a situação é mais delicada ainda, pois o direito ao esquecimento (previsto no GDPR) pode estar sendo violado.
E agora?
Enquanto o recurso segue nos tribunais, a batalha legal coloca luz sobre uma questão fundamental: Como equilibrar propriedade intelectual e privacidade na era da IA? Lightcap promete que a empresa continuará “colocando sua confiança e privacidade em primeiro lugar”, mas a decisão final está nas mãos da justiça. Fique atento às atualizações sobre este caso que pode mudar tudo!