Como Instalar SSD (NVMe ou SATA) no PC [Guia Faça Você Mesmo]: Deixe Seu Computador 10x Mais Rápido!

Seu computador anda lento, parecendo uma carroça em plena era dos carros esportivos? Demora uma eternidade para ligar ou para abrir aquele programa essencial para o seu trabalho ou diversão? Calma, você não está sozinho nessa! Mas a boa notícia é que existe uma solução poderosa e surpreendentemente acessível para turbinar sua máquina: instalar um SSD (Solid State Drive). Seja ele um modelo NVMe M.2 ultrarrápido ou um confiável e bom SSD SATA, o ganho de performance é, sem exageros, brutal. E o melhor de tudo? Com este guia, você mesmo pode fazer a instalação!

Nós entendemos que mexer no interior do PC pode parecer intimidador para alguns, mas acredite, com as instruções certas, é mais fácil do que parece. Preparamos um passo a passo detalhado, escrito em uma linguagem descomplicada, quase como uma conversa com aquele seu amigo que entende tudo de tecnologia. Nosso objetivo é que você se sinta confiante para dar esse upgrade e ver seu computador, que talvez já esteja pedindo socorro, ganhar uma sobrevida e voar como novo. Vamos juntos nessa jornada de velocidade?

Por que um SSD Transforma Seu PC? A Mágica da Velocidade Explicada

Você já se perguntou qual é o segredo por trás da agilidade dos computadores modernos? Em muitos casos, a resposta tem três letras: SSD. Trocar um HD (Hard Disk Drive ou disco rígido tradicional) por um SSD é como dar um salto quântico em termos de performance. Pense no seu HD como uma biblioteca antiga, onde um bibliotecário (a agulha de leitura) precisa percorrer prateleiras (os discos magnéticos) para encontrar cada pedacinho de informação. É um processo mecânico, físico, e, por consequência, mais lento.

Agora, imagine o SSD como uma biblioteca digital futurista, onde qualquer informação está a um clique de distância, acessada eletronicamente por chips de memória flash (similares aos de um pen drive, só que muito mais robustos e rápidos). Não há partes móveis, o que se traduz em:

  • Inicialização Relâmpago: Sabe aquela espera interminável para o Windows ou Linux carregar? Com um SSD, isso se resume a poucos segundos. É ligar e usar!
  • Programas e Aplicativos Instantâneos: Diga adeus àquela barrinha de “carregando” que parece não ter fim. Softwares pesados, como editores de vídeo, modelagem 3D ou IDEs de programação, abrem em um piscar de olhos.
  • Games Mais Ágeis e Imersivos: As telas de loading (carregamento) dos seus jogos favoritos diminuirão drasticamente. Menos espera, mais diversão e uma transição mais fluida entre as fases do jogo.
  • Multitarefa sem Engasgos: Precisa trabalhar com várias abas do navegador, planilha, editor de texto e um streaming de música, tudo ao mesmo tempo? Um SSD garante que seu PC não vai “pedir água”.
  • Operações de Arquivos Velozes: Copiar, mover ou salvar arquivos grandes se torna uma tarefa muito mais rápida.
  • Menos Barulho e Consumo de Energia: Por não terem partes móveis, SSDs são completamente silenciosos e consomem menos energia que os HDs, o que pode ser uma vantagem também para a longevidade da bateria de notebooks.
  • Maior Durabilidade: SSDs são mais resistentes a impactos e vibrações, pois não possuem componentes mecânicos sensíveis.

Investir em um SSD é, sem dúvida alguma, um dos upgrades com o melhor e mais perceptível custo-benefício para quem busca performance real no dia a dia. Na Oficina dos Bits, temos uma variedade incrível de opções para todos os bolsos e necessidades, desde modelos SATA excelentes para um upgrade significativo, como o SSD 1TB Western Digital Green – SATA, até os monstros de velocidade NVMe PCIe 4.0, como o SSD M.2 2TB Kingston NV3, capaz de atingir leituras de até 6.000MB/s, transformando completamente a experiência de uso do seu PC.

Entendendo os Tipos de SSD: SATA vs. NVMe – Qual o Guerreiro Ideal Para Sua Batalha?

Antes de se aventurar no mundo dos SSDs e escolher o seu, é crucial entender que existem, para o consumidor final, dois tipos principais que se destacam no mercado. Eles se diferenciam principalmente pela interface de conexão com a placa-mãe e pelo formato físico: os SSDs SATA e os SSDs NVMe (geralmente no formato M.2). Conhecer essas diferenças é o primeiro passo para fazer a escolha certa para o seu perfil e para o seu PC.

SSD SATA: O Padrão Confiável, Acessível e Ainda Poderoso

Os SSDs SATA são, para muitos, a porta de entrada para o mundo do armazenamento rápido. Eles utilizam a interface SATA (Serial ATA), a mesma que os HDs tradicionais usam há anos. Isso traz uma grande vantagem: compatibilidade. Eles geralmente vêm no formato de 2.5 polegadas, idêntico ao de um HD de notebook, o que facilita a instalação física na maioria dos gabinetes de desktop e também em muitos notebooks que permitem upgrade.

Por que escolher um SSD SATA?

  • Compatibilidade Ampla: Como dito, funcionam na vasta maioria dos desktops e notebooks que possuem portas SATA, tornando-os uma opção de upgrade viável mesmo para máquinas um pouco mais antigas.
  • Excelente Custo-Benefício: Em geral, os SSDs SATA são mais acessíveis financeiramente em comparação com os modelos NVMe de mesma capacidade. Se você busca um ganho expressivo de velocidade sem gastar muito, eles são perfeitos.
  • Melhora Significativa de Performance: Não se engane pela sua “idade” no mercado. Mesmo sendo tecnologicamente menos avançados que os NVMe em termos de velocidade bruta, um SSD SATA já representa um salto gigantesco de performance em relação a qualquer HD mecânico. Um modelo como o SSD 480GB Lexar NQ100 – SATA, por exemplo, oferece velocidades de leitura na casa dos 550MB/s, o que é suficiente para transformar o uso cotidiano do seu PC.

A velocidade de um SSD SATA 3 (a versão mais comum da interface) é limitada teoricamente a 6 Gbps, o que na prática se traduz em cerca de 550-560 MB/s de leitura e escrita sequencial. Parece pouco quando comparamos com os milhares de MB/s dos NVMe, mas lembre-se: um HD tradicional raramente passa dos 150-180 MB/s. A diferença está também, e principalmente, nos tempos de acesso e na leitura de pequenos arquivos aleatórios, onde o SSD SATA brilha muito mais que um HD.

SSD NVMe M.2: Desempenho Extremo para os Usuários Mais Exigentes e Entusiastas

Se o SSD SATA é um carro esportivo, o SSD NVMe M.2 é um foguete. NVMe (Non-Volatile Memory Express) é um protocolo de comunicação e driver projetado especificamente para SSDs que utilizam o barramento PCIe (Peripheral Component Interconnect Express). Sim, é o mesmo tipo de barramento de alta velocidade que sua placa de vídeo usa! Isso elimina gargalos e permite que o SSD atinja velocidades muito, mas muito superiores aos SSDs SATA.

O formato físico mais comum para os SSDs NVMe é o M.2, que se parece com um pequeno “pente” de memória RAM e se encaixa diretamente em um slot específico na placa-mãe, sem a necessidade de cabos de dados ou energia adicionais.

Por que optar por um SSD NVMe M.2?

  • Velocidade Absurda e Incomparável: Aqui é onde os NVMe realmente se destacam. Modelos PCIe 3.0 podem atingir velocidades de até 3.500 MB/s, enquanto os PCIe 4.0, como o SSD M.2 1TB Kingston NV3, podem facilmente ultrapassar os 6.000 MB/s ou até 7.000 MB/s! E já estamos vendo a chegada dos PCIe 5.0, prometendo patamares ainda mais elevados. Esse nível de performance é ideal para quem trabalha com edição de vídeo em 4K/8K, manipulação de grandes bancos de dados, renderização 3D, ou para gamers que querem o mínimo de tempo de carregamento e a máxima fluidez.
  • Formato Compacto e Organizado: Por se conectarem diretamente à placa-mãe, eliminam a necessidade de cabos SATA de dados e de energia, o que resulta em um interior do gabinete mais limpo, organizado e com melhor fluxo de ar.
  • Baixíssima Latência: A comunicação direta via PCIe reduz drasticamente a latência, o que significa que o sistema responde aos seus comandos de forma ainda mais instantânea.

Atenção aos Detalhes do M.2: É fundamental estar atento a alguns pontos. Nem todo slot M.2 em uma placa-mãe suporta o protocolo NVMe. Alguns slots M.2 mais antigos ou de entrada podem ser dedicados apenas para SSDs M.2 do tipo SATA (que usam o mesmo formato M.2, mas são limitados pela velocidade da interface SATA). Além disso, existem diferentes “chaves” (entalhes no conector) para os slots M.2, sendo as mais comuns a “M Key” (geralmente para NVMe PCIe x4) e a “B Key” (pode ser para SATA ou PCIe x2). Existem também diferentes tamanhos de SSDs M.2, como 2230, 2242, 2260, 2280 e 22110. O “2280” (22mm de largura por 80mm de comprimento) é o mais comum para SSDs de consumidor. Sempre, sempre consulte o manual da sua placa-mãe para verificar a compatibilidade de tipo de interface (NVMe/SATA), chave do slot e tamanhos suportados antes de comprar seu SSD M.2.

Primeiros Passos Essenciais: O Que Você Precisa Saber Antes de Começar a Instalação

A empolgação para sentir a velocidade de um SSD é compreensível, mas um bom preparo é o segredo para uma instalação tranquila e bem-sucedida. Antes de abrir o gabinete e colocar as mãos nos componentes, vamos revisar alguns pontos cruciais.

1. Verifique a Compatibilidade do Seu PC: O Casamento Perfeito

Este é, sem dúvida, o passo mais importante. Não adianta comprar o SSD mais rápido do mercado se o seu PC não for compatível com ele. Vamos detalhar:

  • Para SSD SATA 2.5 polegadas:
    • Portas SATA na Placa-Mãe: A grande maioria dos desktops e muitos notebooks fabricados nos últimos 10-15 anos possuem portas SATA. Verifique visualmente na sua placa-mãe (são conectores em forma de “L”) ou consulte o manual dela para saber quantas estão disponíveis.
    • Cabos SATA: Você precisará de um cabo de dados SATA (geralmente vermelho, azul ou preto, fino e achatado) para conectar o SSD à placa-mãe. Muitas placas-mãe vêm com alguns cabos extras na caixa. Se não tiver, é um item barato e fácil de encontrar na Oficina dos Bits.
    • Conector de Energia SATA da Fonte: Sua fonte de alimentação (PSU) precisa ter um conector de energia SATA livre. São conectores mais largos e achatados, geralmente com múltiplos fios (vermelho, amarelo, preto).
    • Baia no Gabinete: Você precisará de um local para fixar o SSD. SSDs de 2.5″ podem ser parafusados em baias de 2.5″ (comuns em gabinetes mais novos) ou em baias de 3.5″ (tamanho padrão de HDs de desktop) usando um adaptador/bandeja específico.
  • Para SSD NVMe M.2:
    • Slot M.2 na Placa-Mãe: Este é o requisito principal. Sua placa-mãe DEVE ter um slot M.2. Mas não basta ter o slot; ele precisa ser compatível com o protocolo NVMe (PCIe). Alguns slots M.2 são apenas para SSDs M.2 SATA. Verifique o manual da sua placa-mãe com atenção. Procure por termos como “M.2 PCIe Gen3 x4”, “M.2 PCIe Gen4 x4”, “NVMe support”. Placas-mãe mais recentes, como a Placa Mãe Gigabyte H610M-K DDR4, já oferecem suporte a PCIe 4.0 para máxima velocidade, enquanto opções mais robustas como a Asus Rog Strix Z790-H Gaming WiFi podem ter múltiplos slots M.2 com dissipadores integrados.
    • Chave do Slot e Tamanho do SSD: Como mencionado antes, verifique a chave do slot M.2 (M-Key é comum para NVMe) e o comprimento do SSD M.2 suportado (ex: 2280).
    • Parafuso de Fixação M.2: Um pequeno parafuso é necessário para prender a ponta do SSD M.2 à placa-mãe. Idealmente, este parafuso vem junto com a placa-mãe (às vezes já no standoff do slot M.2) ou, menos comumente, com o próprio SSD. Verifique a caixa da sua placa-mãe.

Dica: Está montando um PC do zero ou fazendo um upgrade grande? Considere nossos Kits Upgrade! Uma opção como o Kit Upgrade Processador Intel® Core i5 12400F + Placa Mãe Asrock H610M-HVS + Memória 16GB DDR4 + 1TB SSD já vem com uma placa-mãe moderna e um SSD NVMe, garantindo compatibilidade e performance de ponta!

2. Ferramentas Necessárias: Simples, Mas Essenciais

Você não precisa ser um mestre das ferramentas para instalar um SSD. O básico geralmente resolve:

  • Chave Phillips (estrela): A ferramenta mais importante. Uma de tamanho médio geralmente serve para os parafusos do gabinete e da baia do SSD. Para o pequeno parafuso do M.2, uma ponta menor pode ser necessária. Um bom Kit de Ferramentas de Precisão é um ótimo investimento, pois contém diversas pontas.
  • Pulseira antiestática (altamente recomendável): Componentes de PC são sensíveis à eletricidade estática que nosso corpo acumula. Uma pulseira antiestática, conectada a uma parte metálica aterrada do gabinete, minimiza o risco de danificar seu novo SSD ou outros componentes. Se não tiver uma, toque em uma superfície metálica grande e aterrada antes de manusear os componentes para descarregar a estática.
  • Parafusos:
    • Para SSDs SATA 2.5″: Geralmente usam parafusos de rosca M3. Muitos gabinetes e alguns SSDs já incluem esses parafusos.
    • Para SSDs M.2: Um pequeno parafuso (geralmente M2x3mm) é usado. Verifique se ele veio com sua placa-mãe ou SSD.
  • Cabo de Dados SATA (apenas para SSD SATA): Se for instalar um SSD SATA e não tiver um cabo sobrando, certifique-se de adquirir um. Eles são baratos e essenciais.
  • Manual da Placa-Mãe: Tenha-o em mãos! É seu melhor amigo para localizar portas SATA, slots M.2 e entender configurações específicas.
  • Lanterna (opcional, mas útil): O interior do gabinete pode ser escuro.

3. Backup Total dos Seus Dados: A Regra de Ouro!

Vou repetir porque é CRUCIAL: ANTES DE DESCONECTAR QUALQUER COISA OU ABRIR SEU PC, FAÇA UM BACKUP COMPLETO DE TODOS OS SEUS ARQUIVOS IMPORTANTES! Documentos, fotos, vídeos, projetos, saves de jogos – tudo que você não pode perder. Use um HD externo, um pen drive de alta capacidade, ou serviços de armazenamento em nuvem. Se algo der errado durante a instalação (o que é raro, mas possível) ou se você decidir fazer uma instalação limpa do sistema, seus dados estarão seguros. Não arrisque perder suas memórias ou trabalhos por pular esta etapa!

4. Escolha sua Estratégia: Clonar o Sistema ou Fazer uma Instalação Limpa?

Ao adicionar um SSD, especialmente se ele for se tornar seu drive principal (onde o sistema operacional vai rodar), você tem duas abordagens principais:

  • Clonar o Sistema Operacional: Este método copia todo o conteúdo do seu HD antigo (incluindo o Windows/Linux, todos os programas instalados, arquivos pessoais, configurações, etc.) para o novo SSD.
    • Prós: É conveniente. Você não precisa reinstalar nada. Seu ambiente de trabalho e lazer continua exatamente o mesmo, só que muito mais rápido.
    • Contras: Se seu sistema antigo já estava com “tralhas” acumuladas, lentidão por excesso de arquivos temporários ou pequenos erros, você levará tudo isso para o SSD. O processo de clonagem requer um software específico (alguns fabricantes de SSD, como Samsung e Crucial, oferecem ferramentas gratuitas, ou existem opções pagas/gratuitas como Macrium Reflect ou Clonezilla). O novo SSD precisa ter capacidade igual ou maior que o espaço utilizado no HD de origem.
  • Instalação Limpa (Fresh Install) do Sistema Operacional: Aqui, você instala o sistema operacional (Windows, Linux) do zero diretamente no SSD.
    • Prós: É a melhor maneira de ter um sistema realmente “limpo”, livre de arquivos desnecessários, erros antigos e malware que possa estar escondido. Muitas vezes resulta em um sistema ainda mais estável e rápido. Você começa do zero, com a performance máxima.
    • Contras: É mais trabalhoso. Você precisará reinstalar todos os seus programas, drivers e configurar tudo novamente. Também precisará de uma mídia de instalação do seu sistema operacional (um pen drive bootável é o mais comum hoje em dia) e da chave de licença do seu SO (para o Windows, por exemplo, você pode precisar de uma licença como o Windows 11 Home – OEM ou o Windows 11 Professional, se não tiver uma vinculada ao seu hardware).

Qual escolher? Se seu sistema atual está funcionando bem, sem travamentos ou erros constantes, e você quer praticidade, a clonagem pode ser uma boa. Se seu PC já está lento, instável, ou você quer aproveitar para “fazer uma limpeza geral”, a instalação limpa é altamente recomendada. Para muitos, o trabalho extra da instalação limpa compensa pela performance e estabilidade a longo prazo.

Mãos à Obra: Instalando seu SSD SATA 2.5″ – O Guia Visual

Chegou a hora da ação! Instalar um SSD SATA 2.5 polegadas é um processo bastante direto, especialmente se você já teve alguma familiaridade com o interior de um PC. Mas não se preocupe, mesmo que seja sua primeira vez, vamos guiá-lo passo a passo.

  1. Segurança em Primeiro Lugar – Desligue Tudo!:
    • Desligue completamente o seu computador pelo sistema operacional.
    • Retire o cabo de energia da tomada. Isso é fundamental para evitar choques elétricos ou danos aos componentes.
    • Desconecte todos os outros cabos: monitor, teclado, mouse, caixas de som, cabo de rede, etc.
    • Leve o gabinete para uma superfície de trabalho estável, limpa e bem iluminada. Uma mesa de madeira é uma boa opção. Evite carpetes, que podem gerar eletricidade estática.
    • Se tiver uma pulseira antiestática, coloque-a no pulso e conecte a outra extremidade a uma parte metálica não pintada do gabinete. Se não tiver, antes de tocar em qualquer componente interno, toque em algo metálico e grande (como a própria carcaça do gabinete, se ela for metálica e não pintada) para descarregar qualquer eletricidade estática acumulada no seu corpo.
  2. Abra o Gabinete com Cuidado:
    • A maioria dos gabinetes de desktop possui painéis laterais que podem ser removidos. Geralmente, você precisará remover o painel do lado esquerdo (olhando o PC de frente), pois é ele que dá acesso à placa-mãe e às baias de disco.
    • Procure por parafusos na parte traseira do gabinete que prendem este painel. Alguns gabinetes usam parafusos que podem ser removidos com as mãos (thumb screws), outros exigem uma chave Phillips. Desparafuse e deslize ou puxe o painel para removê-lo. Guarde os parafusos em um local seguro!
  3. Localize uma Baia de Drive Livre:
    • Dentro do gabinete, você verá estruturas metálicas chamadas “baias de drive”. Elas são projetadas para acomodar HDs e SSDs.
    • Procure por uma baia de 2.5 polegadas. SSDs SATA de consumidor têm esse tamanho. Muitos gabinetes modernos já vêm com baias dedicadas de 2.5″.
    • Se o seu gabinete for mais antigo e só tiver baias de 3.5 polegadas (o tamanho padrão de HDs de desktop), você precisará de um adaptador de 2.5″ para 3.5″. Este adaptador é uma pequena bandeja metálica ou plástica que permite fixar o SSD de 2.5″ em um espaço maior de 3.5″. A Oficina dos Bits pode ter adaptadores caso precise.
  4. Fixe o SSD na Baia:
    • Alinhe o SSD com os furos de parafuso na baia (ou no adaptador).
    • Use os parafusos apropriados (geralmente M3) para prender o SSD firmemente. Não aperte demais, apenas o suficiente para que ele não se mova. Certifique-se de que os conectores do SSD (SATA de dados e energia) estão acessíveis.
  5. Conecte o Cabo de Dados SATA:
    • Pegue o cabo de dados SATA. Ele tem conectores idênticos em ambas as pontas, com um pequeno entalhe em forma de “L” para garantir o encaixe correto.
    • Conecte uma ponta do cabo à porta de dados SATA do seu SSD.
    • Conecte a outra ponta a uma porta SATA livre na sua placa-mãe. As portas SATA na placa-mãe são geralmente agrupadas e numeradas (SATA0, SATA1, SATA2, etc.). Se você já tem um HD, pode usar a próxima porta numérica disponível. Consulte o manual da sua placa-mãe para identificar a melhor porta a ser usada (algumas podem ter velocidades diferentes ou serem desabilitadas dependendo de outros componentes instalados, como SSDs M.2).
    • O encaixe deve ser suave. Não force.
  6. Conecte o Cabo de Energia SATA:
    • Agora, localize um conector de energia SATA vindo diretamente da sua fonte de alimentação (PSU). Este conector é mais largo que o cabo de dados e também possui um formato específico para encaixe.
    • Conecte-o firmemente à porta de energia do SSD. Assim como o cabo de dados, ele só encaixa de uma maneira.

E pronto! A parte física da instalação do seu SSD SATA 2.5″ está completa. Parece mais simples do que você imaginava, certo? Agora, antes de fechar o gabinete, dê uma última verificada se todos os cabos estão bem conectados e se o SSD está seguro na baia.

Mãos à Obra: Instalando seu SSD NVMe M.2 – A Elegância Sem Cabos

Se você optou por um SSD NVMe M.2, prepare-se para uma instalação ainda mais “clean”, pois este tipo de SSD dispensa cabos de dados e energia, conectando-se diretamente à placa-mãe. É a tecnologia de ponta simplificada!

  1. Preparativos de Segurança – Repetindo o Essencial:
    • Assim como na instalação do SSD SATA, desligue TOTALMENTE o computador da tomada e desconecte todos os cabos externos.
    • Trabalhe em uma área bem iluminada e livre de estática. Use sua pulseira antiestática ou descarregue a eletricidade do seu corpo tocando em metal aterrado.
    • Abra o painel lateral do gabinete para ter acesso à placa-mãe.
  2. Localize o Slot M.2 na Sua Placa-Mãe:
    • Este é o momento de consultar o manual da sua placa-mãe. Ele indicará exatamente onde os slots M.2 estão localizados. Eles são pequenos conectores horizontais, geralmente identificados com “M.2” ou algo similar.
    • Placas-mãe modernas podem ter múltiplos slots M.2. Algumas, como a Placa Mãe MSI Z890-P Pro WiFi (um exemplo de placa topo de linha para futuras gerações), oferecem vários slots com altas velocidades e até dissipadores de calor (heatsinks) dedicados.
    • Se o slot M.2 escolhido tiver um dissipador de calor pré-instalado, você precisará removê-lo com cuidado. Geralmente, ele é preso por um ou dois pequenos parafusos. Guarde os parafusos e o dissipador em local seguro.
  3. Identifique o Parafuso de Fixação M.2 (Standoff):
    • No final do slot M.2 (oposto ao conector), você verá um pequeno suporte metálico com uma rosca (chamado standoff) e, possivelmente, um parafuso já nele ou um saquinho com o parafuso M.2 que veio com a placa-mãe. Este parafuso é minúsculo, então tome cuidado para não perdê-lo.
    • Se o parafuso estiver no standoff, remova-o temporariamente. Alguns standoffs podem precisar ser movidos para se alinharem com o comprimento do seu SSD M.2 (o mais comum é 2280, significando 80mm de comprimento). O manual da placa-mãe indicará os furos corretos para cada tamanho de SSD M.2.
  4. Encaixe o SSD NVMe M.2 com Delicadeza:
    • Segure o SSD M.2 pelas bordas laterais, evitando tocar nos chips de memória ou nos contatos dourados.
    • Observe o conector do SSD: ele possui um pequeno chanfro (entalhe). Alinhe este chanfro com a “chave” correspondente no slot M.2 da placa-mãe. SSDs NVMe (PCIe) geralmente usam a “M Key”.
    • Insira o SSD no slot M.2 em um ângulo de aproximadamente 20 a 30 graus em relação à placa-mãe. Ele deve deslizar para dentro do conector com uma leve pressão, sem necessidade de força excessiva.
  5. Fixe o SSD M.2 na Placa-Mãe:
    • Com o SSD encaixado no conector, pressione cuidadosamente a outra extremidade do SSD para baixo, de forma que ele fique paralelo à placa-mãe. O pequeno semicírculo na ponta do SSD deve se alinhar com o furo do standoff.
    • Recoloque o pequeno parafuso M.2 no standoff e aperte-o suavemente. Não é preciso muita força, apenas o suficiente para manter o SSD firme no lugar.
    • Se o seu slot M.2 tinha um dissipador de calor e seu SSD não veio com um próprio, este é o momento de reinstalar o dissipador da placa-mãe. Certifique-se de que o thermal pad (a fita térmica adesiva, se houver) do dissipador faça bom contato com a superfície dos chips do SSD. Remova qualquer película protetora do thermal pad antes de instalar.

E está feito! Seu SSD NVMe M.2 está instalado, elegante e sem a bagunça de cabos. É uma obra de arte da miniaturização e da velocidade! Verifique se ele está bem firme e se nenhum componente ficou solto durante o processo.

Configurações Pós-Instalação: Deixando Tudo Pronto Para Voar Alto

Com seu novo SSD fisicamente instalado, seja ele SATA ou NVMe, o trabalho ainda não acabou. Agora precisamos configurar o software para que o sistema reconheça e utilize essa nova peça de hardware corretamente. São passos cruciais para garantir que você extraia toda a performance que seu novo “brinquedo” pode oferecer.

1. Feche o Gabinete e Reconecte Todos os Periféricos

Antes de ligar o PC, recoloque o painel lateral do gabinete que você removeu. Parafuse-o para garantir que tudo fique protegido. Em seguida, reconecte todos os cabos externos: o cabo de energia na fonte, o cabo do monitor na placa de vídeo (ou na saída de vídeo da placa-mãe, se não usar placa de vídeo dedicada), teclado, mouse, caixas de som, cabo de rede e quaisquer outros periféricos USB.

2. Acesse a BIOS/UEFI para os Ajustes Finos

Este é um passo fundamental. A BIOS (Basic Input/Output System) ou UEFI (Unified Extensible Firmware Interface – a versão mais moderna da BIOS) é o firmware da sua placa-mãe, responsável por inicializar e testar o hardware do computador antes de carregar o sistema operacional.

  • Como Entrar na BIOS/UEFI: Ligue o computador. Assim que ele começar a dar os primeiros sinais de vida (antes de aparecer o logo do Windows/Linux), pressione repetidamente a tecla designada para acessar a BIOS/UEFI. Essa tecla varia conforme o fabricante da placa-mãe, mas as mais comuns são Del (Delete), F2, F1, F10, F12 ou Esc. A tela inicial geralmente exibe qual tecla pressionar (por exemplo, “Press DEL to enter Setup”). Se perder o momento, reinicie e tente novamente.
  • Verifique se o SSD foi Reconhecido: Uma vez dentro da BIOS/UEFI, navegue pelos menus usando as setas do teclado (ou o mouse, se a UEFI suportar). Procure por seções como “Storage Configuration”, “SATA Configuration”, “NVMe Configuration”, “Boot” ou “Advanced”. Você deve encontrar uma lista dos dispositivos de armazenamento conectados, e seu novo SSD (seja SATA ou NVMe) deve aparecer lá, geralmente com seu nome de modelo e capacidade. Se não aparecer, volte e verifique as conexões físicas.
  • Modo de Operação SATA (Importante para SSDs): Na seção de configuração SATA, verifique se o modo de operação está configurado para AHCI (Advanced Host Controller Interface). Este modo é essencial para o bom desempenho dos SSDs, permitindo que recursos como NCQ (Native Command Queuing) e TRIM funcionem corretamente. Se estiver em “IDE” ou “Compatibility Mode”, mude para AHCI. Atenção: Se você já tem um sistema operacional instalado em outro disco no modo IDE e simplesmente mudar para AHCI, o sistema pode não iniciar. O ideal é fazer essa mudança antes de instalar um novo SO ou pesquisar procedimentos específicos para alterar o modo em um sistema já existente.
  • Defina a Ordem de Boot (Boot Order/Boot Priority):
    • Se você instalou o sistema operacional no novo SSD (instalação limpa): Você precisa dizer à BIOS/UEFI para iniciar o computador a partir deste SSD. Vá para a seção “Boot” e configure o novo SSD como o primeiro dispositivo na ordem de boot (Boot Option #1 ou similar).
    • Se você clonou seu sistema para o novo SSD e quer que ele seja o drive principal: Da mesma forma, coloque o SSD clonado como primeira opção de boot.
    • Se o SSD é um drive secundário (para jogos, programas ou arquivos, e o SO está em outro disco): Você pode manter seu disco antigo com o SO como drive de boot principal. O novo SSD será apenas para armazenamento adicional.
  • Salve as Alterações e Saia: Após fazer os ajustes, procure pela opção “Save Changes and Exit” ou “Exit & Save Setup” (geralmente acionada pela tecla F10). Confirme, e o computador será reiniciado.

3. Inicializando e Formatando o SSD no Windows (Caso Ele Não Apareça)

Se você instalou um SSD completamente novo (que não foi clonado e não veio com um sistema operacional pré-instalado), mesmo que ele seja reconhecido na BIOS, pode ser que ele não apareça imediatamente no “Meu Computador” ou “Este Computador” (Explorador de Arquivos). Isso acontece porque ele precisa ser “apresentado” ao sistema operacional, inicializado e formatado.

  1. No Windows, clique com o botão direito do mouse no menu Iniciar (o ícone do Windows na barra de tarefas) e selecione a opção “Gerenciamento de Disco“. (Você também pode digitar diskmgmt.msc na barra de pesquisa e pressionar Enter).
  2. Ao abrir o Gerenciamento de Disco, se o SSD for novo, é provável que uma janela pop-up apareça automaticamente, solicitando a inicialização do novo disco. Se não aparecer, procure pelo seu SSD na lista na parte inferior da janela; ele estará marcado como “Desconhecido” ou “Não Inicializado” e com uma tarja preta indicando “Não Alocado”.
  3. Escolhendo o Estilo de Partição (MBR ou GPT):
    • Se o seu SSD tem capacidade até 2TB, você pode escolher entre MBR (Master Boot Record) ou GPT (GUID Partition Table).
    • Se o seu SSD tem mais de 2TB, você obrigatoriamente deve escolher GPT.
    • Recomendação Geral: Para sistemas modernos que usam UEFI (a maioria dos PCs dos últimos ~10 anos), GPT é a escolha preferível, mesmo para drives menores, pois é mais robusto e suporta mais partições primárias. Se seu sistema é muito antigo e usa BIOS legado, MBR pode ser necessário para boot. Para um drive de dados secundário, GPT é geralmente seguro.
    Clique em “OK” após escolher.
  4. Criando um Novo Volume (Formatando):
    • Agora, no Gerenciamento de Disco, localize seu SSD (ele deve aparecer como “Online” mas com espaço “Não Alocado”).
    • Clique com o botão direito do mouse sobre a área “Não Alocado” do seu SSD e selecione “Novo Volume Simples…“.
    • O “Assistente para Novas Partições Simples” será iniciado. Clique em “Avançar”.
    • Especificar Tamanho do Volume: Deixe o valor padrão se quiser usar todo o espaço do SSD para uma única partição. Clique em “Avançar”.
    • Atribuir Letra de Unidade ou Caminho: Escolha uma letra para a unidade do seu SSD (por exemplo, D:, E:, etc., desde que não esteja em uso). Clique em “Avançar”.
    • Formatar Partição:
      • Sistema de arquivos: Escolha “NTFS” (o padrão para Windows).
      • Tamanho da unidade de alocação: Deixe como “Padrão”.
      • Rótulo do volume: Dê um nome para o seu SSD (ex: “SSD Principal”, “Jogos SSD”, “Arquivos Rápidos”). Este nome aparecerá no Explorador de Arquivos.
      • Marque a caixa “Executar uma formatação rápida“.
      Clique em “Avançar” e depois em “Concluir”.

Após alguns instantes, seu SSD estará formatado e pronto para ser usado! Ele deverá aparecer no Explorador de Arquivos com a letra e o rótulo que você definiu. Se ele for seu drive principal, o próximo passo seria instalar o sistema operacional.

4. Se Você Optou por Clonar o Sistema

Se sua escolha foi a clonagem, e você já preparou seu SSD e o software de clonagem antes da instalação física:

  1. Conecte o SSD novo ao computador (internamente, como você acabou de fazer, ou externamente via um adaptador USB-SATA/USB-NVMe, se o software permitir e for mais conveniente para o processo de clonagem antes de instalá-lo definitivamente).
  2. Inicie o computador pelo seu HD antigo.
  3. Execute o software de clonagem (exemplos: Macrium Reflect Free, Acronis True Image – verifique se o fabricante do seu SSD oferece alguma versão gratuita, como o Samsung Data Migration ou Crucial Storage Executive).
  4. Siga as instruções do software:
    • Selecione o disco de origem (seu HD antigo com o sistema operacional).
    • Selecione o disco de destino (seu novo SSD). CUIDADO: Este processo apagará todos os dados existentes no disco de destino.
    • Verifique as opções de particionamento. Alguns softwares permitem ajustar o tamanho das partições no SSD de destino, o que é útil se o SSD for de capacidade diferente do HD.
    • Inicie o processo de clonagem. Isso pode levar de alguns minutos a várias horas, dependendo da quantidade de dados e da velocidade dos discos.
  5. Após a clonagem ser concluída com sucesso, desligue o PC. Se o SSD foi clonado externamente, instale-o internamente agora. Se já estava interno, você pode optar por desconectar o HD antigo para evitar confusão no boot inicial.
  6. Entre na BIOS/UEFI e configure o novo SSD como o primeiro dispositivo na ordem de boot.
  7. Inicie o PC. Ele deve carregar o sistema operacional a partir do SSD clonado. Tudo deve estar como antes, mas muito mais rápido! Se tudo funcionar, você pode depois reconectar o HD antigo e formatá-lo para usar como armazenamento secundário, se desejar.

5. Se Você Optou por uma Instalação Limpa do Sistema Operacional

Esta é a rota para um sistema “zerado” e otimizado no seu novo SSD.

  1. Você precisará de uma mídia de instalação do seu sistema operacional (Windows, por exemplo). A forma mais comum é criar um pen drive bootável usando a ferramenta oficial “Media Creation Tool” da Microsoft, que você pode baixar do site deles.
  2. Com o SSD já instalado fisicamente, insira o pen drive bootável em uma porta USB.
  3. Ligue o PC e entre na BIOS/UEFI.
  4. Na seção “Boot”, configure o pen drive bootável como o primeiro dispositivo na ordem de boot.
  5. Salve as alterações e saia da BIOS/UEFI. O PC deverá reiniciar e iniciar a partir do pen drive.
  6. Siga as instruções do instalador do Windows (ou outro SO):
    • Escolha o idioma, formato de hora e teclado.
    • Clique em “Instalar agora”.
    • Insira sua chave de produto (licença) do Windows se solicitado, ou escolha “Não tenho a chave do produto” se for reinstalar uma versão já ativada anteriormente no mesmo PC (ele deve reativar online).
    • Aceite os termos de licença.
    • Escolha o tipo de instalação: “Personalizada: Instalar apenas o Windows (avançado)“.
    • Na tela “Onde você deseja instalar o Windows?”, você verá uma lista de discos e partições. Selecione seu novo SSD. Se ele tiver partições antigas (ou se for um drive usado), você pode excluir essas partições (selecione cada uma e clique em “Excluir” – CUIDADO: ISSO APAGA OS DADOS DESSAS PARTIÇÕES). Com o SSD aparecendo como “Espaço não alocado”, selecione-o e clique em “Avançar”. O instalador do Windows criará as partições necessárias e formatará o SSD automaticamente.
    • Siga o restante das instruções para configurar sua conta de usuário, preferências, etc.

6. Não se Esqueça dos Drivers Essenciais!

Após a instalação do sistema operacional (especialmente se foi uma instalação limpa), é VITAL instalar todos os drivers mais recentes para os componentes do seu computador. Isso garante que tudo funcione corretamente e com o máximo desempenho.

  • Driver do Chipset da Placa-Mãe: Este é um dos mais importantes. Vá ao site do fabricante da sua placa-mãe (Asus, Gigabyte, MSI, ASRock, etc.), procure pelo modelo exato da sua placa e baixe o driver do chipset mais recente para o seu sistema operacional.
  • Drivers de Áudio, Rede (LAN e Wi-Fi), USB: Também disponíveis no site do fabricante da placa-mãe.
  • Driver da Placa de Vídeo: Se você tem uma placa de vídeo dedicada (NVIDIA GeForce ou AMD Radeon), vá ao site da NVIDIA ou AMD, respectivamente, para baixar o driver mais recente para seu modelo.
  • Drivers específicos do SSD (raro, mas verifique): A maioria dos SSDs NVMe e SATA usa drivers padrão do sistema operacional (como o driver NVMe nativo do Windows). No entanto, alguns modelos de alta performance ou com características especiais podem ter um driver específico do fabricante que pode oferecer melhor desempenho ou funcionalidades. Verifique o site do fabricante do seu SSD.

Instale os drivers, reiniciando o PC quando solicitado.

7. Verifique se o Comando TRIM está Ativado (Windows)

O TRIM é um comando crucial para a saúde e o desempenho a longo prazo dos SSDs. Ele permite que o sistema operacional informe ao SSD quais blocos de dados não estão mais em uso (por exemplo, arquivos que você deletou) e podem ser apagados internamente pelo controlador do SSD. Isso evita a degradação do desempenho de escrita ao longo do tempo.

No Windows 10 e 11, o TRIM geralmente é ativado automaticamente quando um SSD é detectado. Mas não custa verificar:

  1. Abra o Prompt de Comando ou o Windows PowerShell como administrador. (Clique com o botão direito no menu Iniciar e escolha a opção apropriada).
  2. Digite o seguinte comando e pressione Enter: fsutil behavior query DisableDeleteNotify
  3. Você verá uma ou duas linhas de resultado. Se “NTFS DisableDeleteNotify” (ou “ReFS DisableDeleteNotify”, se usar esse sistema de arquivos) estiver com o valor “0” (zero), significa que o TRIM está ATIVADO. Este é o cenário ideal.
  4. Se o valor for “1”, o TRIM está desativado. Para ativá-lo, use o comando: fsutil behavior set DisableDeleteNotify NTFS 0 (ou fsutil behavior set DisableDeleteNotify ReFS 0, conforme o caso) e pressione Enter.

Manter o TRIM ativo é uma das melhores práticas para cuidar do seu SSD.

Turbinando Ainda Mais: Dicas Extras de Otimização Para Seu Novo SSD

Seu SSD já está instalado e o sistema voando, mas existem algumas coisinhas que você pode fazer para garantir que ele continue operando no seu pico de performance por muito tempo.

  • Mantenha o Firmware do SSD Atualizado: Fabricantes de SSDs ocasionalmente liberam atualizações de firmware para seus drives. Essas atualizações podem trazer melhorias de desempenho, correções de bugs, ou otimizações de compatibilidade. Visite o site do fabricante do seu SSD (Kingston, Western Digital, Seagate, Samsung, Crucial, Adata, Patriot, etc.), procure pela seção de suporte ou downloads para o seu modelo específico e veja se há algum firmware novo. Muitos fabricantes oferecem utilitários (como o Kingston SSD Manager ou o Crucial Storage Executive) que facilitam essa verificação e atualização.
  • Evite a Desfragmentação a Todo Custo: HDs mecânicos se beneficiam da desfragmentação, pois ela reorganiza os pedaços de arquivos espalhados pelo disco, tornando a leitura sequencial mais rápida. Em SSDs, a desfragmentação é totalmente desnecessária e até prejudicial. Como SSDs acessam dados eletronicamente e de forma quase instantânea em qualquer local, a fragmentação não impacta seu desempenho. Pior, o processo de desfragmentação envolve muitas operações de escrita, que contribuem para o desgaste das células de memória flash, reduzindo a vida útil do SSD. O Windows (8, 10 e 11) é inteligente o suficiente para reconhecer um SSD e, em vez de desfragmentá-lo, realiza uma otimização diferente (que envolve o comando TRIM). Você pode verificar isso na ferramenta “Desfragmentar e Otimizar Unidades” do Windows.
  • Deixe um Espaço Livre (Over-Provisioning): SSDs tendem a ter uma queda de desempenho quando estão muito cheios. É uma boa prática manter sempre entre 10% a 20% do espaço total do SSD livre. Esse espaço “extra” ajuda o controlador do SSD a gerenciar melhor os dados, realizar عمليات de “garbage collection” (coleta de lixo, que libera blocos para novas escritas) e “wear leveling” (distribuição uniforme do desgaste entre as células de memória) de forma mais eficiente. Alguns usuários até criam uma partição não formatada com esse percentual para garantir esse “respiro”.
  • Verifique as Configurações de Energia do Windows: Especialmente em desktops, certifique-se de que seu plano de energia no Windows está configurado para “Alto Desempenho” ou, no mínimo, “Equilibrado“. O plano “Economia de Energia” pode impor limites que afetam o desempenho máximo do seu SSD e de outros componentes. Você pode encontrar essas opções em “Painel de Controle” > “Opções de Energia”.
  • Indexação de Arquivos: A indexação do Windows acelera as buscas por arquivos. Em HDs, ela é muito útil. Em SSDs, como o acesso já é muito rápido, o benefício da indexação para a velocidade de busca é menor, e ela causa escritas constantes. Alguns usuários optam por desabilitar a indexação no drive SSD para reduzir escritas, mas isso pode tornar as buscas do Windows mais lentas. É uma escolha pessoal. Se você raramente usa a busca do Windows, pode considerar desabilitar (Propriedades do Drive > Geral > Desmarcar “Permitir que os arquivos desta unidade tenham o conteúdo indexado além das propriedades do arquivo”).
  • Hibernação: O modo de hibernação do Windows salva o estado da sua sessão no disco e desliga o PC. Com um SSD, o boot é tão rápido que muitos usuários acham a hibernação desnecessária e a desabilitam para economizar espaço em disco (o arquivo hiberfil.sys pode ser grande). Para desabilitar, abra o Prompt de Comando como administrador e digite powercfg.exe /hibernate off.

Problemas Comuns e Como Resolvê-los (Guia de Troubleshooting Rápido)

Mesmo com todo o cuidado, às vezes um imprevisto pode acontecer. Se você esbarrar em algum problema após instalar seu SSD, não entre em pânico! Aqui estão alguns dos percalços mais comuns e suas possíveis soluções:

  • Problema: O SSD não é detectado na BIOS/UEFI.
    • Solução 1 (Verificar Conexões): A causa mais comum. Desligue o PC da tomada e verifique TODAS as conexões.
      • SSD SATA: Certifique-se de que o cabo de dados SATA está firmemente conectado tanto no SSD quanto na porta SATA da placa-mãe. Tente usar outra porta SATA na placa-mãe. Verifique também se o cabo de energia SATA da fonte está bem encaixado no SSD. Tente outro cabo de energia SATA, se disponível.
      • SSD NVMe M.2: Confira se o SSD M.2 está completamente inserido no slot e se o parafuso de fixação está correto. Um encaixe incompleto é um problema comum.
    • Solução 2 (Configurações da BIOS/UEFI): Algumas placas-mãe desabilitam certas portas SATA quando um slot M.2 está em uso, ou vice-versa, devido a limitações de banda do chipset. Consulte o manual da sua placa-mãe para ver se há alguma configuração específica para habilitar a porta M.2 ou SATA que você está usando. Verifique também se o slot M.2 não está configurado para um modo incompatível (ex: “SATA mode” quando você instalou um NVMe).
    • Solução 3 (Atualizar BIOS/UEFI): Uma BIOS/UEFI desatualizada pode não ter suporte para modelos mais novos de SSDs, especialmente NVMe. Visite o site do fabricante da sua placa-mãe, baixe a versão mais recente da BIOS para o seu modelo e siga as instruções para atualizá-la (com MUITO cuidado, pois uma falha na atualização da BIOS pode inutilizar a placa-mãe).
    • Solução 4 (Testar o SSD): Se possível, teste o SSD em outro computador para verificar se o problema é com o drive ou com o seu sistema.
  • Problema: O SSD é detectado na BIOS/UEFI, mas não aparece no Sistema Operacional (Windows).
    • Solução: Ele provavelmente precisa ser inicializado e formatado. Releia a seção “Inicializando e Formatando o SSD no Windows” mais acima neste guia.
  • Problema: O computador não inicia (não dá boot) após a instalação ou clonagem do SSD.
    • Solução 1 (Ordem de Boot): Entre na BIOS/UEFI e confirme se o novo SSD (com o sistema operacional) está configurado como o primeiro dispositivo na ordem de boot.
    • Solução 2 (Falha na Clonagem): Se você clonou o sistema, o processo de clonagem pode não ter sido 100% bem-sucedido. Tente refazer a clonagem usando um software diferente ou verificando todas as opções. Muitas vezes, uma instalação limpa do SO é a solução mais garantida.
    • Solução 3 (Modo SATA Incorreto): Como mencionado, o modo SATA na BIOS/UEFI deve estar em AHCI para SSDs. Se você instalou o Windows no modo IDE e depois mudou para AHCI (ou vice-versa), o sistema pode não iniciar. Pode ser necessário reinstalar o SO com o modo AHCI já ativo ou seguir tutoriais específicos (e mais avançados) para alterar o modo em uma instalação existente do Windows sem precisar formatar.
    • Solução 4 (Problemas com MBR/GPT): Se estiver usando um sistema mais antigo (BIOS legado) e o disco foi inicializado como GPT, ou um sistema moderno (UEFI) e o disco está como MBR e não consegue dar boot, pode haver incompatibilidade. Garanta que o estilo de partição do SSD é compatível com o modo de boot da sua BIOS/UEFI (UEFI geralmente prefere GPT).
  • Problema: Tela azul (BSOD) ou travamentos aleatórios após instalar o SSD.
    • Solução 1 (Drivers): Drivers desatualizados ou incompatíveis, especialmente do chipset da placa-mãe ou controladores de armazenamento, podem causar instabilidade. Reinstale os drivers mais recentes.
    • Solução 2 (Cabo SATA Defeituoso – para SSD SATA): Um cabo SATA de dados danificado ou de má qualidade pode causar erros. Tente substituí-lo.
    • Solução 3 (Superaquecimento – mais comum em NVMe sem dissipador): Alguns SSDs NVMe de alta performance podem aquecer bastante sob carga intensa, levando a throttling (redução de velocidade) ou instabilidade. Se seu SSD NVMe não tem dissipador e está em um local com pouca ventilação, considere adicionar um dissipador M.2 (vendido separadamente) ou melhorar o fluxo de ar do gabinete.
    • Solução 4 (Firmware do SSD): Verifique se há atualizações de firmware para o seu SSD.
    • Solução 5 (Problema de Hardware): Em casos raros, o próprio SSD pode estar com defeito, ou pode haver um problema com a placa-mãe ou memória RAM que se manifestou com o novo componente.

Se, após tentar essas soluções, o problema persistir, não hesite em procurar ajuda em fóruns especializados na internet (muitas comunidades de hardware são extremamente prestativas) ou consultar um técnico de informática de confiança. E, claro, se você comprou seu SSD ou outros componentes na Oficina dos Bits, nossa equipe de suporte está à disposição para ajudar com dúvidas sobre os produtos e compatibilidade!

Conclusão: Seu PC Turbinado e Pronto Para Decolar Rumo a Novas Performances!

Ufa! Se você chegou até aqui e seguiu todos os passos, pode se dar os parabéns! Seu computador, agora equipado com um SSD novinho em folha, deve estar irreconhecível. A diferença na velocidade de inicialização, na abertura de programas e na agilidade geral do sistema é algo que realmente transforma a experiência de uso, seja para trabalho intenso, estudos focados ou aquela jogatina de fim de semana.

Instalar um SSD é mais do que um simples upgrade de hardware; é um investimento na sua produtividade, no seu tempo e na sua paciência. Aqueles minutos preciosos que você perdia esperando o PC “pensar” agora podem ser usados para o que realmente importa.

Lembre-se que a Oficina dos Bits é sua parceira nessa jornada tecnológica. Temos uma vasta gama de SSDs para atender a todas as necessidades e orçamentos. Desde opções SATA robustas e acessíveis, como o SSD 1TB Western Digital Green – SATA, perfeitos para dar uma nova vida a máquinas mais antigas, até os SSDs NVMe M.2 de última geração, como o impressionante SSD M.2 2TB Kingston NV3 – NVMe – PCIe 4.0 ou o SSD M.2 4TB Kingston KC3000 para quem busca o máximo em capacidade e velocidade. Além disso, você encontra em nosso site placas-mãe modernas e compatíveis, como a versátil Asus Prime B550M-K, prontas para receber os SSDs mais rápidos do mercado, e kits de ferramentas como o Kit de Ferramentas de Precisão de 117 Peças, que facilitam não só este, mas muitos outros upgrades.

Esperamos que este guia tenha sido útil e instrutivo. Agora é só aproveitar a nova e incrível velocidade do seu computador! Se tiver alguma dúvida que não foi coberta aqui, ou se quiser compartilhar sua experiência de instalação, deixe um comentário abaixo. Adoramos ouvir nossos leitores! E não se esqueça de continuar acompanhando o blog da Oficina dos Bits para mais dicas, guias, novidades e tudo sobre o universo da tecnologia e hardware.

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