Aprenda o que fazer caso sua máquina seja contaminada por uma das diversas pragas que rondam a internet.
Falar de vírus de computador já se tornou algo bastante comum e parte do cotidiano de quem utiliza computadores, seja em casa ou em seu local de estudo ou trabalho. É conhecimento comum que é preciso se proteger dessas ameaças, que podem simplesmente prejudicar o funcionamento do computador ou até roubar informações importantes, como informações de acesso a emails ou até senhas de banco.
Infelizmente, por mais cuidados que se possa tomar, não é difícil ser infectado por um desses programas maliciosos. Caso isso tenha acontecido com você, não precisa entrar em pânico e dar o computador como perdido. Neste artigo, mostraremos um passo-a-passo completo indicando qual o melhor procedimento a tomar quando um vírus entra no computador.
Os vírus de computador são nada mais que programas maliciosos, que utilizam falhas de segurança do sistema operacional ou programas para realizar ações não autorizadas pelo usuário. Os tipos existentes são bastante diferentes entre si, e o grau de perigo que representam ao computador varia. Para facilitar a compreensão, vamos dividir os vírus em quatro categorias.
Vírus comum: É um pequeno pedaço de software que pega carona no código de outro programa, como um editor de texto. A cada vez que esse programa for executado, o código malicioso entrará em ação, com a chance de reproduzir sua ação para outros programas.
Vírus de email: A principal característica desse tipo é a capacidade de viajar anexados a mensagens de email aparentemente inofensivas. Costumam se reproduzir automaticamente, enviando mensagens automáticas para toda a lista de contatos do usuário. Alguns mais perigosos não precisam nem que o usuário execute algum programa, apenas ao abrir o email já ocorre a infecção.
Cavalos de tróia (Trojan): O nome desses programas tem origem na mitologia grega, no episódio que narra a queda da cidade de Tróia. Em geral são programas disfarçados, que prometem realizar uma função quando na verdade abrem uma porta de acesso para um hacker acessar os dados presentes no computador. Ao contrário dos vírus comuns e worms, eles não se reproduzem automaticamente, sendo necessária a interação entre usuários para espalhá-los.
Worms: Um worm é um tipo específico de vírus que tem como preferência se espalhar por redes de computador. Uma cópia do software faz uma análise da rede utilizada para detectar outras máquinas que possuam falhas de segurança para invadi-las, e a partir daí continuar seu processo de reprodução. Em geral, worms simplesmente servem como uma forma de gerar dor de cabeça, consumindo recursos como banda de internet ou memória do sistema.
Existem diversas formas de lidar com programas maliciosos presente no computador. Normalmente, o antivírus instalado exibe um alerta indicando a existência de um problema. Nos casos mais comuns, basta seguir as instruções do programa para proteger o sistema e eliminar qualquer arquivo ou processo que prejudique o funcionamento.
Infelizmente, é bastante comum o antivírus só detectar a ameaça quando ela já se espalhou e está fora de controle. Isso acontece nos casos em que o software malicioso é um tipo novo, para o qual ainda não existe uma vacina correta. Assim como no corpo humano, as infecções se propagam em velocidade maior quando não há nenhum tipo de anticorpo disponível. Mas calma, não é preciso se desesperar nesse tipo de situação. Seguindo os passos listados abaixo, é grande a chance de deixar o computador totalmente livre de qualquer vírus.
Utilizando a Restauração do Sistema do Windows
Utilizar a Restauração do Sistema pode ser uma boa alternativa quando o vírus causa algum tipo de dano permanente aos arquivos de sistema. É possível “voltar no tempo” até um ponto anterior à infecção, recuperando dados importantes e até mesmo eliminando a ação de alguns vírus.
Infelizmente, esse recurso nem sempre é útil, pois alguns softwares maliciosos conseguem desabilitar essa função do Windows, e até mesmo se fazer presente nos pontos de restauração criados pelo usuário.
Verifique quais programas iniciam junto com o Windows
É muito comum o vírus que invadiu a máquina configurar automaticamente a execução de algum arquivo próprio quando a máquina é executada. Assim como os demais programas do sistema, esse processo é exibido na lista dos processos abertos automaticamente quando o Windows é iniciado.
Impedir que determinados programas sejam executados é uma tarefa bastante simples, que pode poupar bastante dor de cabeça. Caso você detecte qualquer processo suspeito ou de origem incerta, pode desabilitar sua execução sem nenhuma culpa. O recomendado é que somente sejam iniciados junto do Windows o antivírus e aqueles programas que você realmente usa de forma constante. O artigo “Removendo programas que inicializam automaticamente com o Windows” dá informações detalhadas sobre como realizar esse processo.
Caso você não tenha certeza sobre a confiança de determinado processo, uma dica útil é pesquisar pelo seu nome em sites de busca. É muito fácil encontrar descrições detalhadas sobre o nome utilizado pelo arquivo executável de vários programas. Além disso, caso você perceba que realmente possui um vírus na máquina, pode acessar sites e fóruns em que outros usuários narram histórias e apresentam soluções.
Só lembre-se de tomar cuidado ao escolher qual fonte utilizar. Muitas pessoas mal intencionadas utilizam de histórias fictícias oferecendo soluções que na verdade vão contaminar ainda mais o computador.
Utilizando o modo de segurança do Windows
Muitas vezes o programa utilizado pelo usuário não será capaz de apagar o arquivo executável utilizado pelo vírus por restrições do próprio Windows, que impede a exclusão de processos que estão sendo executados atualmente. Uma alternativa para resolver esse problema é realizar a análise utilizando o modo de segurança do sistema.
Nesse modo, somente é permitida a execução de processos essenciais para o funcionamento do computador, o que pode barrar a ação de vírus que abrem automaticamente quando o Windows é iniciado.
O que fazer quando o vírus é colocado em quarentena?
Muitas vezes o antivírus utilizado não é capaz de apagar algum arquivo infectado, ou simplesmente opta por deixá-lo em quarentena. Caso isso aconteça, não é preciso se preocupar ou achar que o vírus ainda está infectando o computador e tentar eliminar os documentos infectados manualmente.
Assim como quando acontece uma doença em um ser humano, o processo de quarentena isola os processos contaminados, monitorando a evolução de seu comportamento durante certo tempo. É como quando alguém pega alguma doença desconhecida: não é possível iniciar o tratamento sem antes observar bem os sintomas apresentados, permitindo que os médicos decidam pela melhor forma de medicar o paciente.
Quando um arquivo é enviado para quarentena, o primeiro passo a tomar é verificar seu conteúdo, para determinar se simplesmente não é algum documento do qual o sistema não reconheceu a veracidade. Caso você conheça o material e saiba que ele é confiável, basta simplesmente aplicar a vacina presente no antivírus. Após essa operação, já é possível utilizar o arquivo tranquilamente.
Na situação de você encontrar arquivos desconhecidos, é preciso tomar algumas precauções extras. Muitos vírus têm origem em páginas da Internet, e utilizam extensões como JS e SCR, representando um maior risco de propagação. O recomendado nestes casos é deixar o arquivo em quarentena e enviar o material à fabricante do antivírus utilizado para uma análise mais profunda. Depois disso, o mais recomendado é utilizar o software instalado no computador para apagar estes arquivos suspeitos.
Vírus detectados em computadores ligados por redes
Quando é detectado que um vírus está infectando diversos computadores ligados em rede, os passos que devem ser tomados são os mesmos. A única diferença é que é preciso verificar com atenção todas as máquinas infectadas, para ter a certeza de que o problema foi corrigido em todas elas. Não adianta nada limpar os vírus de somente um computador, se ele é constantemente infectado novamente pelos outros usuários da rede.
O passo mais fácil para descobrir se um computador é responsável por infectar outros é monitorar os picos de upload da rede. Caso alguma atividade anormal seja detectada, é bem provável que o vírus esteja utilizando esta máquina para infectar as demais. Monitorar a atividade de rede também permite detectar casos em que o vírus monta uma verdadeira rede zumbi entre os usuários infectados.
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